- Essa pesquisa vai dar o que falar e muita gente não vai gostar disso
Dizem por aí que tudo que é exagerado faz mal. No caso do fundamentalismo religioso, esse exagero pode ser tão ruim a ponto de ser considerado uma doença. É o que defende a neurologista Katheleen Taylor, da Universidade de Oxford (Inglaterra).
Segundo ela, pesquisas desenvolvidas recentemente sugerem que em breve seremos capazes de tratar o fundamentalismo religioso e outras formas de crenças ideológicas potencialmente prejudiciais para a sociedade como uma forma de doença mental.
Ela fez essa afirmação durante uma palestra no Festival Literário Hay, que aconteceu no País de Gales, na última quarta-feira. De acordo com ela, as ideologias muito radicalizadas em breve poderão ser vistas não como uma escolha pessoal, feita com base no livre-arbítrio, mas sim como uma categoria de transtorno mental. Katheleen também disse que os novos estudos da neurociência poderiam considerar extremistas, por exemplo, os integrantes do Hamas (Movimento da Resistência Islâmica), como pessoas com doença mental, ao invés de criminosos terroristas.
Prevendo o choque da sociedade, a neurologista disse: “Uma das surpresas pode ser a de ver pessoas com certas crenças como pessoas que podem receber tratamento médico por conta disso”.