Violette Morris foi a francesa mais temida do serviço dos soldados nazistas.
Do casamento e trabalho como enfermeira durante a Primeira Guerra Mundial passou a ser uma atleta única e piloto de corrida de carros que optou por fazer uma mastectomia e não esconder sua bissexualidade -uma transgressão para a época, quando quase ninguém saía do armário-, antes de ser cooptada pela Alemanha nazista para se dedicar a torturar a sangue frio seus próprios compatriotas. A mulher literalmente botava o terror.
Caçula de seis irmãs, Violette nasceu em 18 de abril de 1893 em Paris e passou sua adolescência estudando no convento da Assunção, na cidade de Huy. Alguns dias depois do começo da Primeira Guerra Mundial se casou. Durante a guerra aprendeu a dirigir e foi responsável pela ambulância durante as batalhas mais longas da guerra: a batalha do Somme e a batalha de Verdun.
Antes do término da guerra começou a se dedicar ao esporte. A mulher fazia de tudo e fazia bem: lançava peso e disco, atirava com arco, realizava mergulhos ornamentais, levantava peso, jogava tênis e montava a cavalo. Ademais jogava polo aquático ainda que não existisse nenhuma equipe feminina neste esporte na sua época. Jogava com os homens e foi convocada para a seleção. Também jogava futebol masculino em dois times parisienses. Violette também fazia luta greco-romana, boxe e surrou muito marmanjo.