Durante o início do século 19, na Europa, era “moda” entre as pessoas mais abastadas recolher animais selvagens e levá-los para casa esperando que fossem embalsamados para serem exibidos como troféus.
Porém, um comerciante francês, chamado Jules Verreaux, resolveu levar a atividade a outro nível. Ele decidiu que faria isso com um ser humano, mas especificamente com o corpo de um guerreiro africano enterrado na Cidade do Cabo, segundo informações da BBC Brasil. Após ser dissecado como um animal, o homem foi levado para ser exposto em um museu sob a legenda de “O Negro”. O corpo foi descoberto pelo escritor holandês Frank Westerman, que o encontrou em um museu espanhol há 30 anos e resolveu investigar o caso.
A fama do guerreiro ocorreu de forma póstuma, uma vez que por cerca de 170 anos viajou entre museus da França e Espanha, onde gerações de europeus ficavam impressionados pelo seu corpo seminu preservado pela taxidermia. Sem nome ou história, ele era exibido como um troféu. O encontro de Westerman com o corpo ocorreu por volta de 1983, quando, o ainda estudante universitário, cruzou com a exposição em uma viagem que faria até a Espanha, no Museu Nacional de História de Darder.