3 de jan. de 2011

Sangue asteca - Escavações revelam detalhes de rituais sangrentos

  • À procura dos astecas

Escavações em uma pirâmide sagrada revelam detalhes dos sangrentos rituais do império. Até agora, no entanto, nenhum sinal de seu mais temido soberano.

Fico maravilhado com os povos antigos, quantos segredos escondidos ainda estão por aí enterrados. Tentar juntar as peças da vida de uma civilização extinta é um trabalho árduo e excepcional. Consegui algumas fotos dos materiais encontrados pelos arqueólogos, liderado por Leonardo López Luján em 2008.

Veja algumas peças encontrada e o que significam:

Enquanto a pedra fraturada ainda estava no local, arqueólogos usaram pulsos de luz a laser para criar uma imagem verde em 3-D dela. Em um poço adjacente, há seis oferendas de artefatos.



Em maio, técnicos levaram 15 horas para remover o monólito de 12 toneladas de Tlaltecuhtli, a deusa da Terra, rachado em quatro partes e localizado a 150 metros do sítio, até seu novo lar, no Museu do Templo Mayor, na Cidade do México. A restauração durou dois anos e meio e revelou na andesita cor-de-rosa, uma pedra vulcânica, vestígios de pigmentos ocre, vermelho, azul, branco e preto - mas não o desaparecido centro da peça.


Remontado para um museu, o animal conhecido como Aristocanídeo tinha um cinto de conchas marinhas e sininhos de ouro em suas pernas traseiras.


Os arqueólogos, entre eles Ángel González, já recuperaram dezenas de milhares de artefatos que ajudarão a decodificar a visão que os astecas tinham do universo. A busca por um túmulo real conduziu a um novo túnel dentro do local de escavação do Templo Mayor, parte dos restos da antiga Tenochtitlán, no coração da Cidade do México.


Luzes vermelhas, brancas e verdes iluminam as ruínas do Templo Mayor para os visitantes noturnos. As escavações revelaram 13 fases de construção, de 1375 a 1519, incluindo a escadaria dupla da pirâmide.



Bem embaixo de Tlaltecuhtli, a maior oferenda encontrada até agora continha conchas e corais, uma máscara bem pequena de pinheiro, um bico de peixe-serra, 8,5 mil ossos de animais, um pote de cereais, um cetro e esculturas do deus do fogo.



Esculpida antes de 1470, a imagem da deusa da lua Coyolxauhqui localizava-se no pé da escadaria do Templo Mayor - até ter sido enterrada por uma reforma executada por volta de 1481. A pedra, escavada em 1978, lembra a lenda do assassinato dela por seu irmão, o deus patrono dos astecas ,Huitzilopochtli.



Perto do fundo da oferenda 125, um cetro de obsidiana, sinos e uma cabaça marrom que contém uma droga com base de tabaco rodeiam uma faca de pederneira que representa Techalotl, um dos deuses do pulque. Nos termos de hoje, como explica o arqueólogo Leonardo López Luján, esta era uma deidade de "sexo, drogas e rock 'n' roll", que celebrava a música, a dança e a bebedeira - todas as formas de diversão.



Uma imagem de pedra do deus do fogo Xiuhtecuhtli (Lorde Turquesa), copal usado para incenso e o bico de um peixe-serra estão entre milhares de artefatos descobertos em uma caixa de oferenda bem embaixo do monólito Tlaltecuhtli. Os objetos eram presenteados aos deuses como maneira de consagrar a pedra, logo antes de ser colocada no lugar.

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