- A natureza mostrando sua beleza
Geralmente confundimos camuflagem com mimetismo. Mas são processos bem diferentes. Os animais que se camuflam querem ficar indistintos.
Aproveitam para tirar vantagens na semelhança da sua cor ou formato do corpo com as características do meio ambiente. Fazem isso para proteção contra os inimigos predadores ou para atacar uma presa. Alguns ficam bem despercebidos debaixo de folhas, só esperando o almoço passar. Já no mimetismo, os bichos são mestres na arte do disfarce.
O predador identifica o mímico, mas como não sabe exatamente o que ele é, desiste ou não se interessa em atacá-lo. Os mímicos são exímios no que fazem, pois possuem incríveis adaptações que lhes conferem características para esta tática. Além da proteção, o mimetismo também serve como estratégia ofensiva e reprodutiva.
Quando muitas flores não são muitas flores, mas centenas de pequeninos insetos. E ainda sabem que devem andar bem devagar que é para não atrair muita atenção dos predadores. Aí está o segredo da Phromnia Rosea, que é o mesmo do Louva-a-Deus Orquídea (Hymenopus coronatus). Ambos vivem e morrem na forma de uma flor. Numa farsa absurdamente perfeita
Há várias espécies que praticam o mimetismo, mas o assunto aqui é a encantadora Phromnia Rosea, uma espécie endêmica das florestas de Madagascar. Quando olhamos de longe ou de relance, nosso cérebro é iludido, pensamos tratar-se de uma floração. Ao aproximarmos, vem o surpreendente - insetos - centenas deles. Se forem tocados, eles levantam voo e procuram um lugar seguro para pousar, e emparelham-se novamente - como se fossem pétalas rosadas. A semelhança do mímico com outro organismo e seu comportamento tem explicação na seleção natural. O estimulo que faz com que as Phromnias Roseas fiquem paradinhas e arranjadas nos troncos das árvores, é um assombroso instinto cego, obra da natureza.
Tão interessante quanto a Phromnia, são suas estranhas ninfas. Elas não se parecem nada com o exemplar adulto. Eu diria ser uma outra espécie. São brancas e possuem tipo de um penacho, algo como a cauda do pavão. A estrutura serve para proteção do inseto. Se alguma ave beliscar no penacho, o inseto fica imóvel, fingindo ser uma flor, a ave não acha graça e vai embora, e a ninfa sai ilesa.
Também são bons mímicos. Juntas ou dispersas nas árvores, as ninfas da Phromnia Rosea passam facilmente por pequenas flores brancas, que não existem na natureza, mas que em primeira vista, burlam até os mais espertos. Magnífico!
Que interessante...
ResponderExcluirNossa..a natureza é simplesmente perfeita! dia pós dia me encanto mais!
ResponderExcluirbela postagem!