7 de nov. de 2011

Terremotos é desastre natural que mais mata, diz estudo

  • Para cada pessoa morte em um terremoto, outras três ficam feridas, afirma estudo


Um estudo feito por pesquisadores americanos concluiu que os terremotos têm mais impacto na saúde humana que outros desastres naturais, como enchentes e furacões.

Mais de um milhão de tremores de intensidades diversas são registrados por ano no mundo, afirma a pesquisa, publicada nesta sexta-feira na revista científica britânica Lancet.

Além das mortes imediatas, as vítimas dos tremores incluem indivíduos seriamente feridos - especialmente crianças - que não podem receber tratamento por causa da destruição da infraestrutura.
No terremoto do Haiti, por exemplo, 53% dos pacientes tratados após o tremor nas proximidades de Porto Príncipe tinham menos de 20 anos de idade. Cerca de 25% tinham menos de cinco anos.


Na última década, os terremotos causaram mais de 780 mil mortes no mundo - o equivalente a 60% do total causado por desastres naturais, concluiu o estudo coordenado pela Iniciativa Humanitária da Universidade de Harvard, em Boston.

Outros desastres, como enchentes e furacões, tipicamente causam mortes por afogamento, mas poucos feridos, afirmaram os pesquisadores.

No caso dos terremotos, a estimativa é de que, para cada pessoa morta no desastre, três escapam com ferimentos.
Além disso, muitas das grandes metrópoles do mundo estão localizadas sobre falhas geológicas propensas a sofrer com este tipo de fenômenos, como Tóquio, Los Angeles, Nova York, Nova Déli e Xangai.

"Como os terremotos normalmente afetam áreas urbanas populosas com pouca infraestrutura, normalmente resultam em altas taxas de mortalidade com muitos ferimentos por trauma", explicou a coordenadora da pesquisa, Susan Bartel.

Após o evento, também é comum uma onda de depressão que chega a atingir até 72% da população do país onde o desastre ocorreu.
Depois do terremoto de 1999 na Turquia, estima-se que 17% da população podia ser diagnosticada com tendências suicidas.


. . . .

Nenhum comentário:

Postar um comentário