- Ele tentou, mas foi tão imbecil que teve seu fim de uma maneira ridícula
Bogdanov jogando xadrez com Lenin |
Como já diria o grande e insubstituível Albert Einstein, “quem nunca cometeu um erro, nunca tentou algo novo”, o que é verdade, válido e praticável nas mais diversas áreas de conhecimento.
O único problema é que, às vezes, esse “pensar algo novo” tem um preço um tanto caro para quem teve a ousadia de pensar fora da caixa, como é o caso de cientistas que foram vítimas de suas próprias invenções.
Alexander Bogdanov não era um grande nome nos Estados Unidos, mas na União Soviética ele era famoso. O escritor de ficção científica, médico e pioneiro da cibernética era também um eterno curioso, mas uma de suas invenções acabou com esse “eterno” muito antes do que ele gostaria.
Em 1916, quando ele estava servindo como médico durante a Primeira Guerra Mundial, escreveu sobre a política de economias de guerra e antecipou o complexo militar-industrial. Ele também se tornou um escritor de ficção científica precoce e escreveu ensaios sobre análise de sistemas que foram os precursores da cibernética. E, só para gastar o tempo livre, escreveu poesia.
A história começou a ficar mais triste quando ele resolveu se manter na profissão de médico hematologista. Porque foi aí que ele desenvolveu um interesse um tanto perigoso sobre transfusões de sangue, e começou a estudar mais a fundo todas as suas possibilidades. A que ele mais considerava, e tinha esperanças em estar certo, era que transfusões podiam prolongar a vida.
Sim, Bogdanov acreditava que poderia até mesmo se tornar imortal se fizesse um determinado número de transfusões.
Na década de 1920, então, ele começou a fazer uma transfusão atrás da outra, e publicou diversos artigos sobre os seus efeitos. Segundo ele, sua visão havia melhorado. Ele também alegava que estava menos calvo. Seus amigos ajudaram a deixá-lo ainda mais empolgado, dizendo que ele parecia mais novo. Mas…
Hoje conseguimos ver com mais clareza que tudo estava caminhando para um grande desastre. Isso porque Bogdanov não perdia se quer um minuto testando os sangues que injetava em seu corpo. E aí você também já deve ter entendido tudo. Na época em que ele publicava os textos sobre as maravilhas das transfusões, ele teve o que a gente chama de sorte. Até o dia em que fez uma transfusão com um sangue contaminado com malária. O estudante sobreviveu. Bogdanov morreu.
Esse homem era louco. Ainda bem que morreu.
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