24 de jun. de 2014

Doença do Legionário - Mulher perde as duas pernas e uma mão

  • Mulher perdeu as duas pernas e uma mão ao inalar bactérias mortais em uma viagem na Toscana, Itália

Alethea Parker, de 51 anos, quase morreu, perdeu as duas pernas e uma mão depois de inalar bactérias mortais, enquanto estava em Toscana, na Itália, passando as férias com sua família e amigos.

Aparentemente, ela entrou em contato com bactérias Legionella enquanto tomava banho no hotel. Suas férias felizes na Itália se transformaram em um pesadelo e ela teve de ser internada durante meses.

Denominada “doença do legionário”, ainda possui um status quase mítico por conta dos poucos casos. Porém, a bactéria Legionella pneumophila continua contaminando o fornecimento de água e pode ser um perigo fatal.

Na semana passada, o responsável pelo sistema público de saúde inglês emitiu um alerta urgente depois de um recém-nascido ser internado com a doença, que foi adquirida com as águas de uma banheira da casa de parto.



Até 15% das pessoas que contraem esse tipo de infecção pulmonar, causada pela inalação de gotículas de água contaminada com as bactérias, morre. E aqueles que sobrevivem podem ficar com sequelas graves para o resto da vida como Alethea.

"Eu fiquei com dor de cabeça e estava constantemente com sede. Senti-me apática, mas associei isso ao estresse do trabalho que tinha vindo antes das férias. Então, no final da viagem foi quando eu realmente comecei a ficar doente e até pensamos que fosse intoxicação alimentar”, relembra Alethea.

Chegando em casa, no Reino Unido, seu estado piorou consideravelmente. Ela teve de ser induzida ao coma enquanto eles faziam mais exames, e foi quando informou ao marido e aos amigos que ela havia contraído a doença do legionário.

O médico disse que o único tratamento possível era uma ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea), que funciona como um pulmão artificial, retirando o dióxido de carbono do corpo e depois inserindo o oxigênio limpo de volta. Entretanto, as coisas não melhoraram.

Mesmo usando vários medicamentos, nada parecia funcionar. Nesse momento, ela teve de retirar as duas pernas e a mão, pois gangrenaram no processo. A noradrenalina, injetada em seu coração para reduzir o tamanho dos vasos sanguíneos, era o que ajudava a mantê-la viva.

Na segunda semana, Alethea foi retirada do ECMO, transferida de volta para a UTI e lentamente foi retirada do coma. “Eu estava realmente chateada porque eu não sabia como iria trabalhar de novo sem uma das mãos. Eu teria de seguir em frente e fazer o melhor possível".

Atualmente, ela é capaz de dirigir, graças a um cabo especial colocado no volante do seu carro e recuperou a sua licença. Ela ainda visita uma unidade de reabilitação para manutenção de suas pernas protéticas e da mão, mas agora está clinicamente bem, sem problemas duradouros com seus órgãos. "Você se acostuma", diz ela. "Me dá nos nervos precisar de alguém comigo o tempo todo. Eu quero voltar à vida da maneira mais normal possível”.






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