24 de mar. de 2015

Pintor cego depende do tato e textura para criar pinturas incrivelmente vívidas

  • Um trabalho expressivo que mostra que nada está perdido

Pese que arte sempre foi uma parte importante da vida de John Bramblitt, foi somente quando ele perdeu completamente a visão que começou a pintar. Quando ele tinha 11 anos de idade, a visão de John foi gradualmente roubada dele pela epilepsia. Quando fez 30 anos, as convulsões deixaram lhe completamente cego, mandando-o para o que ele chama de "o mais profundo, mais escuro buraco da depressão".

- "Todas as esperanças e os sonhos que eu tinha para a minha vida. Todos os planos que eu fazia depois que me formei na escola foram embora. Eu não fiquei apenas deprimido, mas de luto. A vida que eu tinha, juntamente com o futuro que eu estava planejando, foram mortos e enterrados", disse ele. - "Eu me senti como se não tivesse potencial. Que, basicamente, eu era um zero à esquerda!"

Foi então que, no ponto mais baixo de sua existência, John resolveu trazer as cores de volta em sua vida. Um ano depois que ficou totalmente cego, ele tentou aprender a desenhar usando uma espécie de tinta de tecido que forma bordas elevadas. E, embora ele diga que seu primeiro desenho de sucesso ficou deformado e desajeitado, o fato de que pudesse conectar linhas e curvas para formar uma imagem deixou-o com uma esperança tão brilhante quanto um raio de sol que brilha em um mundo escuro.


Desde então, o artista criou uma série de dinâmicas pinturas vivas deslumbrantes que explodem em cores e texturas. Depois que ele forma uma imagem em sua mente, ele usa a tinta para produzir contornos que podem ser sentidos com os dedos. Ele também descobriu que os diversos tons de tintas a óleo proporcionam diferentes sensações em suas mãos. O branco, por exemplo, é espesso como pasta de dente, enquanto o preto é corredio. Sabendo disso, ele faz a mistura necessária para os sombreamentos de seu trabalho artístico. Os tubos de tinta com descrição em braile também ajudam John a identificar as cores individuais.

Por mais de uma década, o inspirado artista recebeu várias homenagens e foi objeto de muita atenção na mídia por suas belíssimas pinturas.

- "De certa forma, eu estou feliz por ter ficado cego", disse John. - "Isto faz mais sentido quando você para de pensar sobre a adversidade como um obstáculo, e começa a vê-la como uma experiência, como algo que você pode aprender e crescer."
















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