28 de dez. de 2015

Dormir de lado pode reduzir o risco de Alzheimer e Parkinson, diz estudo

  • A posição que você dorme poder ter um efeito significativo sobre a saúde neurológica, de acordo com um novo estudo.

Os pesquisadores dizem que dormir de lado, no que é conhecido como “posição lateral”, pode ajudar a remover os resíduos no cérebro que contribuem para doenças neurológicas como Alzheimer e Parkinson.

Uma equipe internacional de cientistas, liderada por pesquisadores da Stony Brook University, nos EUA, usou exames de ressonância magnética para ver a imagem do cérebro de ratos e descobriu que as vias glinfáticas – sistema que remove resíduos químicos do cérebro – ajudaram os roedores na tarefa quando eles dormiam de lado.

A técnica dos pesquisadores permitiu que eles observassem como os filtros de fluido cerebrospinal atravessava o cérebro e os passava para o fluido intersticial entre as células, a fim de limpá-las a partir do cérebro. Esses resíduos incluem proteínas amiloides e tau, que podem prejudicar o funcionamento do cérebro caso cresçam.


"A análise mostrou-nos de forma consistente que o transporte glinfático foi mais eficiente na posição lateral quando comparado às outras posições", disse a investigadora principal, Helene Benveniste.

Os resultados, publicados no The Journal of Neuroscience, são uma boa notícia para a maioria das pessoas, já que a posição lateral é a mais comum. Comparativamente, poucas pessoas dormem sob a barriga ou costas.

O teste até agora só foi realizado em roedores, e os pesquisadores especulam que os mesmos benefícios de dormir de lado sejam aplicáveis a seres humanos, embora afirmem que mais estudos são necessários para confirmar isso. "É interessante que a posição de sono lateral já é a mais popular em humanos e na maioria dos animais – mesmo em estado selvagem – e parece que nós a adaptamos como a mais eficiente para limpar nosso cérebro dos resíduos metabólicos que construíram-se enquanto estamos acordados", disse Maiken Nedergaard, coautor da pesquisa.





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