- 'Barebacking' - A ROLETA RUSSA DO SEXO
- "Procuram-se HIVs". Impresso em um caderno de classificados dos jornais das grandes metrópoles, o anúncio não passaria despercebido. Do ponto de vista conceitual, HIV é uma sigla que desperta interesse e hostilidade, fascínio e medo, compaixão e ódio. Estigmatizada até então como o acrônimo da morte, ela vem ganhando novos contornos etimológicos devido a um grupo de homens que praticam sexo com homens (os HSH), absolutamente crentes na teoria de que o vírus da Aids, se contraído numa relação sexual, pode trazer benefícios para seu cotidiano, libertando-o, de uma vez por todas, do uso do preservativo, aumentando o prazer, proporcionado uma liberdade só experimentada no auge da revolução sexual, na década de 70.
A teoria foi posta em prática. E tem nome: "barebacking" (derivado da palavra barebackers, usada em rodeios para designar os caubóis que montam a cavalo sem sela ou a pêlo). O termo ficou conhecido internacionalmente como uma gíria para o sexo sem camisinha, praticado de preferência em grupo, em festas fechadas, por homens sorodiscordantes (HIVs positivos e negativos). "Coisa de macho", garantem os adeptos. O movimento cresce no Brasil, de forma assustadora, e tornou-se uma questão de saúde pública e motivo de preocupação social. O Jornal do Brasil teve passe livre em dois desses encontros, batizados de bare party (festa bare). É a primeira vez que um veículo de comunicação ingressa em reuniões nas quais o leitmotiv, ou fetiche, é praticar sexo com pessoas desconhecidas, que possam, acima de tudo, ser soropositivas. Às cegas, todos são guiados apenas pelo que sentem. E, para facilitar a comunicação, criaram um vocabulário próprio.
Festa da conversão As orgias são chamadas de conversion parties ou roleta-russa. Entre os convidados, há os bug chasers (caçadores de vírus), o HIV negativo, que se lança ao sexo sem camisinha, e os gift givers (presenteadores) , os soropositivos que se dispõem a contaminar um negativo. São esses os responsáveis por entregar o gift (presente), o vírus. Quem participa de encontros bare confirma: o prazer sem barreiras é o que importa.
Quanto à Aids, eles não encaram mais a doença como mortal, porém crônica, com tratamento à base do coquetel. A contaminação, portanto, elimina o medo e apresenta uma perspectiva futura da naturalidade do contato pleno.
- Sou um barebacker assumido - dispara R. H., 31 anos, geógrafo e cientista social, com pós-graduação nas duas áreas. - Eu odeio camisinha. Acho uma m... É terrível interromper o sexo para colocá-la. Acaba com o meu prazer. No mais, o bare, para mim, é um fetiche. Eu gosto, apesar de ter contraído o vírus da Aids numa festa. Mesmo assim, faria tudo de novo. Não me arrependo.
A declaração aterroriza, preocupa. E só mesmo ingressando no singular mundo dos barebackers para comprovar o que depoimentos, documentários, teses, livros e outros elementos que abordam o tema tentam desvendar ou explicar. Na maioria das vezes, não conseguem.
O que se testemunha numa festa bare está além da imaginação humana, supera os delírios e o surrealismo de Fellini em obras como Satyricon, ultrapassa a sordidez e o ceticismo pasoliniano em Saló ou 120 dias de Sodoma. Não há limites. De verdade. A constatação pôde ser feita em encontros programados para homens de grupos sociais distintos. Na Ipanema da bossa nova, de gente chique "pulverizada" de Dior, Prada, Gucci, Kenzo, Gaultier e Armani, a reunião começa às 22h num casarão de uma das mais movimentadas e conhecidas ruas do bairro. A mansão, de três andares, é fechada especialmente para a ocasião.
O décor é sofisticado. No primeiro pavimento, paredes brancas contrastam com sofás vermelhos. TVs de plasma 42' exibem clipes de Madonna, Beyoncé, Cher, Christina Aguilera ou filmes com astros e estrelas de Hollywood. As luminárias brancas rebatem a luz dicróica contra a parede, gerando clima de aconchego, e o bar, com bebidas importadas em sua maioria, está sempre livre. Ninguém fica sobre balcão. Não há tumulto. Claro, é uma festa para pessoas escolhidas a dedo, para poucos, no máximo 60 convidados, informados por e-mail. Há regras, e elas são claras. É condição sine qua non ficar nu ou no, máximo, com uma toalha (cedida pela produção do evento) amarrada na cintura. Quem se recusa é convidado a se retirar.
Outra exigência: o sexo tem de ser praticado nos ambientes comuns de convivência. Ou seja, nada de se trancar em banheiro, em cozinha, em quarto. Ali, todos estão para ver e serem vistos. E o ritual começa na entrada, quando os participantes tiram a roupa e guardam as peças em um armário, trancado com chave numerada. O funcionamento é semelhante ao de termas, masculinas ou femininas. A medida, na verdade, serve para evitar a circulação com dinheiro e cartões de crédito. É precaução. Os que desejam consumir bebidas ou aperitivos, apenas transmitem ao barman o número assinalado na chave. Os itens são lançados no computador e, no fim da festa, a conta é paga no caixa. O mecanismo lembra o adotado por boates e bares do eixo Rio-São Paulo, com suas tradicionais cartelas de consumação mínima. Só que numa festa bare, a bebida ajuda, os petiscos "fortalecem" , mas não são peças-chave para o divertimento. Circulando pelos outros andares, a prova: na sala de vídeo, um jovem de cerca de 20 anos se entrega ao prazer, cercado por três homens.
Nenhum deles usa preservativo. A cena é chocante. O rodízio de papéis, durante o ato sexual, é comum nessas festas. Faz parte do jogo. O quarteto não frustra as expectativas dos voyeurs reunidos na porta da sala. Como "astros do sexo", diante de câmeras e de uma equipe de produção, atuam com vontade em uma performance longa, nada convencional, sem limites. Quem se propõe a ficar sob os holofotes sabe o risco que corre. Mas é a sensação de perceber a adrenalina disparar e o coração bater aceleradamente devido ao unsafe sex (sexo inseguro) sem pudores e em público que os impulsiona. Um deles podia ser gift giver e os outros bug chasers. Ou vice-versa. A probabilidade de o gift (o vírus) estar ali, entre eles, era grande. Ninguém se importava. Quando terminou a primeira das muitas rodadas de sexo, o boy toy lover (brinquedo sexual) do trio foi jogar paciência em um dos quatro computadores, com internet liberada, instalados no segundo andar.
- As pessoas perdem a noção do perigo em busca do prazer - explica Jorge Eurico Ribeiro, 40 anos, coordenador de Estudos Clínicos da Fiocruz. - E o conceito de barebacking se perdeu. Originária da Califórnia, a proposta é a de festas em que um ou mais participantes, sabidamente positivos, são convocados por um produtor para praticar sexo com os convidados sem o uso de preservativos. Todos têm ciência de que, na reunião, há portadores de HIV. O fetiche consiste exatamente na possibilidade de contrair ou não o vírus. Só que, atualmente, há quem acredite que as festas bare são simplesmente um evento para o sexo sem camisinha com participantes negativos, o que é um grande equívoco. Ribeiro analisa que os barebackers que não apresentam o raciocínio da conversão imaginam, de fato, que, uma vez soronegativos, se limitarem seus relacionamentos com pessoas igualmente soronegativas, estarão fora do risco. Definitivamente não estão.
Há o espaço de tempo de variável (conhecido como janela imunológica) em que um indivíduo já contaminado pelo HIV pode ter resultados de exames laboratoriais de soronegatividade, ou seja, resultados falso-negativos. Testes HIV não são tão matemáticos como se supõe. No Brasil, o obscuro universo do barebacking é pouco discutido publicamente por especialistas em sexualidade humana. Ainda não há estudo com precisão estatística sobre o número de praticantes, independente de orientação sexual. No entanto, os relatórios do Ministério da Saúde com dados de infectados pelo HIV, de 1980 a junho de 2008, dão a pista. Os casos acumulados de Aids no país nesse período foram 506.499. Desses, 333.485 (66%) são homens e 172.995 (34%), mulheres.
Em 2007, registraram- se 33.689 novos portadores. Homo, bi ou hetero, todos praticaram sexo sem camisinha. A irresponsabilidade tem preço. E alto. Dos cofres públicos do governo federal saem cerca de R$ 1 bilhão por ano para tratamento exclusivo de soropositivos. Um paciente consome de R$ 5.300 a R$ 26.700 por ano. Cerca de 20 mil pessoas infectadas iniciam tratamento com anti-retrovirais no país, anualmente. - Sinceramente, não me preocupo com essa questão e nem me sinto culpado. Não estou nem aí em ser um ônus para o governo - enfatiza R. H. O Federal Health Research (centro de pesquisas de saúde), órgão governamental americano, divulgou recentemente a informação de que muitos homens com comportamento homossexual, bem como agentes de prevenção contra o HIV, confirmaram que a prática de sexo inseguro está se tornando cada vez mais comum.
Um estudo com 554 homens assumidamente homo ou bissexuais, residentes na Califórnia, apontou que 70% estavam familiarizados com o termo barebacking e que 14% já o haviam praticado, muitos em relacionamentos extraconjugais. De acordo com a pesquisa, dos homens HIV positivos que participaram do estudo, 22% declararam ser barebackers e 10% dos negativos também tinham feito sexo inseguro nos últimos dois anos. Não há informações sobre qual o número de pessoas em geral (homo, bi ou hetero) que pratica sexo inseguro nem sobre que motivos as levariam à auto-exposição. Interesse dos jovens Nas principais metrópoles, o fenômeno tem chamado a atenção de jovens. Comunidades sobre o tema se espalham por sites de relacionamento como o Orkut. No Rio e em São Paulo, a adesão ganha força. Na indústria pornô, os filmes bare são os mais procurados.
No YouTube, as postagens com cenas de sexo sem o uso de preservativos lideram o ranking das mais assistidas. Muitos dos que não praticam ou não têm coragem para fazê-lo buscam o prazer lançando mão de DVDs ou de vídeos na internet. O conceito de barebacking se dissemina.
- Colocar-se frente à possibilidade de contágio do HIV por meio do barebacking traz motivações psicológicas que podem ir do sadismo ao masoquismo. A possibilidade de uma relação sexual mais livre, com maior contato íntimo e afetivo pode estar encobrindo uma caráter suicida - avalia Paulo Bonança, sexólogo e psicólogo, membro da Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana e da Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual. Risco assumido HIV positivo, o administrador T.W., 45 anos, ratifica a análise de Bonança. Para ele, os adeptos do movimento sabem os riscos da superexposição e, alguns, ressalta, desejam o contágio conscientemente: - Quem pratica sexo sem preservativo não pode ser considerado ingênuo. Tenho um amigo casado com soropositivo. Ele pediu ao parceiro que o contaminasse. Disse que era por solidariedade, mas acho que é masoquismo.
As observações de Bonança e T.W. foram comprovadas pelo JB em outra festa com a mesma proposta. Dessa vez, na Zona Oeste, a mais de 60 km da reunião em Ipanema. O encontro, realizado mensalmente em um sítio, é batizado de Vale Tudo e está em sua 17ª edição. De sunga, de cueca ou nus, exigência para entrar, os participantes se divertem ao som de funk. Dos inocentes à la Perlla aos proibidões, compostos pela "galera da comunidade". Agora não há TVs de plasma, luz ambiente, bebidas ou petiscos sofisticados. Computador? Nem pensar.
É uma zona praticamente rural. O bar improvisado oferece cerveja em latão, sopa de ervilha, salsichão na brasa, batata frita na hora e campari. O sexo, claro, também é praticado sem timidez. Na varanda do casarão, na sala, nos quartos, na piscina, na grama. O produtor avisa, na entrada, que os preservativos estão disponíveis. Percebe-se o zelo pela prevenção.
A maioria, no entanto, dispensa, sobretudo em se tratando de sexo oral. As situações são muito parecidas com as da festa na Zona Sul. Geralmente, dois dão o sinal verde e, em poucos instantes, como num formigueiro, três, quatro, cinco ou dez estão reunidos em busca do prazer. Há um ano e meio, Igor (codinome de J.C., 42 anos, professor dos ensinos fundamental e médio) produz em sociedade com Renato (A.F, 40 anos, militar), a Vale Tudo.
Garante que o encontro não incentiva o bare, é freqüentado só por maiores e que o uso de drogas é proibido. Esses são dois de cerca de 20 itens de uma espécie de manual enviado por e-mail aos convidados. Ainda está registrado na mensagem:
- Sexo liberal entre todos. A formação de casais ou grupinhos é censurada. Estamos numa orgia e não num consultório matrimonial. - Menor, cocaína, ecstasy, crack, maconha ou qualquer outra droga são vetados. Mas sempre há os que usam discretamente. Como posso controlar o que os convidados fazem? Se eu vir, peço que se retirem. Mas não vou colocar seguranças. Isso desconfiguraria a proposta da festa. São adultos.
Cada um é responsável por seus atos - frisa Igor. Mesmo sem ser em orgia, quem não usa proteção é 'barebacker' A prática do sexo sem o uso de preservativo continua a conquistar novos adeptos. As campanhas milionárias do Ministério da Saúde sobre o tema não têm sido lá tão eficazes como deveriam. E apesar do conceito de barebacking estar associado a orgias freqüentadas por homens que praticam sexo com homens, qualquer pessoa, independentemente de orientação sexual, que busca o prazer sem lançar mão de camisinha é um barebacker. Também corre o risco de ser infectado, ainda que não seja um participante assíduo das conversion parties, as polêmicas e inconseqüentes festas de roleta-russa, nas quais os convidados brincam com a possibilidade de contrair o vírus HIV.
- Como expliquei, a conceituação de barebacking se transformou ao longo dos anos - ressalta Jorge Eurico Ribeiro, coordenador de Estudos Clínicos da Fiocruz. - Todos os que praticam sexo sem preservativo, seja homo, bissexual ou hetero, podem ser considerados, atualmente, um bare. Risco permanente Ribeiro destaca a necessidade de de todos os que se lançam ao sexo sem camisinhas refletir sobre o polêmico tema e as conseqüências da prática. Os familiarizados com o termo e o movimento partem para o simples "sou contra" ou "sou a favor", estabelecendo- se, assim, dois lados que se mostram inconciliáveis justamente pela falta de consenso sobre a inconseqüência com que muitos homens praticam o unsafe sex. A discussão vai além.
- É importante se informar, pensar e decidir o que se pretende com isso. Ter uma vida saudável passa longe do exercício do bare. A decisão, claro, é exclusivamente pessoal. Da mesma forma que escolheram a orientação sexual, podem assim decidir o que fazer com o próprio corpo - assinala Números divulgados pelo Ministério da Saúde sedimentam a análise do pesquisador. Em 1996, no Brasil, o índice de heterossexuais com mais de 13 anos contaminados pelo HIV era da ordem de 22,4% do total de 16.938 infectados.
Até junho deste ano, esse percentual saltou para 45,7%. Entre os homo/bissexuais houve uma redução de 32,5% (em 1996) para 27,4% (junho de 2008). Preço mais alto Garoto de programa desde 2005, Gabriel Chaves, 22 anos, afirma ser heterossexual e ter namorada. Mas assume que, quando um cliente oferece um valor maior do que o cachê estabelecido para praticar sexo sem preservativo, não pensa duas vezes:
- Tem uns que dobram ou triplicam o valor. Eu não tenho como recusar. Com mulher também é assim. Há homens que pagam mais para transar com elas no pêlo. É um risco, mas eu, por exemplo, procuro conversar antes e, aos poucos, perceber a qualidade do cliente - conta. Gabriel não foge à regra dos barebackers e poderá fazer parte da estatística no futuro. Embora se autodenomine heterossexual, integra o grupo HSH (Homens que praticam sexo com Homens). Há 12 anos, o percentual de HSHs infectados era de 24%. Uma década depois, em 2006, eles já somavam 41% do total de soropositivos naquele ano. Aumento dos índices Em 2004, a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas Sexuais do Ministério da Saúde apontou que o índice estimado de HSHs no Brasil, entre 15 a 49 anos, era da ordem de 3,2 % da população, ou cerca de 1,5 milhão de pessoas.
A partir dessa base populacional, a pesquisa calculou a taxa de incidência da Aids nesse grupo. Foram constatados 226,5 casos para cada 100 mil pessoas. Esse índice é 11 vezes maior do que o da taxa da população geral (de heteros), que é de 19,5 casos por grupo de 100 mil. O crescimento no número de casos, sobretudo entre os homens, está relacionado ao fato de que toda uma geração, que jamais havia tido contato direto com a Aids, atingiu uma faixa etária sexualmente ativa. Bombardeados por campanhas em favor do uso do preservativo, acabaram desenvolvendo uma certa "imunidade" a elas, crendo que a doença não é um "bicho tão feito quanto pintam". Quando remédio é desculpa para ficar doente Difundida principalmente nos Estados Unidos (Califórnia, em primeiro lugar) e na Europa, a prática do barebacking é polêmica. Os adeptos do bare alegam que, em função dos avanços atuais relacionados ao tratamento anti-HIV e à facilidade de acesso a ele, caso sejam contaminados não perderão em qualidade de vida.
- Temos os anti-retrovirais, medicamentos que inibem a reprodução do vírus e potencializam o sistema imunológico. Isso impede o surgimento de enfermidades oportunistas (Aids) - ressaltam. Eles ainda defendem como ponto positivo para não abrir mão da prática o fato de a ansiedade e a angústia frente ao possível contágio pelo HIV desaparecerem, assim que se descobrem soropositivos. Isso é sinônimo de libertação, pois que o uso do preservativo passa a ser descartado.
O barebacker está à procura da relação sexual mais livre, com maior contato íntimo e afetivo. As conseqüências, no entanto, relacionadas à prática nem sempre se traduzem de forma positiva, como supõem seus praticantes. Anti-retrovirais não são os únicos responsáveis pela qualidade de vida de um HIV. Quando expostos, de forma freqüente, a relações de alto risco, os soropositivos podem sofrer o que se chama de "recontágio", uma nova contaminação, acarretando aumento da carga viral e desencadeamento de queda de imunidade e sintomas. Além disso, têm grande chance de contrair outras DSTs, tais com sífilis. Isso, certamente, dificultará o tratamento. "Montar a pêlo", a tradução literal para barebacking, seria uma lenda urbana se não houvesse comprovação real da prática. A terrível tendência de comportamento existe. Há, de fato, homens, na maioria homossexuais, que querem ser infectados pelo HIV e outros que têm o prazer de ajudá-los a tornar esse desejo realidade. Psicólogos, antropólogos e sociólogos teorizam sobre distúrbios de comportamento ou disfunção social. Para o resto do mundo, não passam de estúpidos ou patéticos.
Vagner Fernandes, Jornal do Brasil RIO
OUTRAS MATÉRIAS
primeira vez que leio um texto grande!rsrsrs muito bom vc trazer essas informações!aonde vamos parar?pessoas querendo serem contaminadas?não sei o que se passa na cabeça das pessoas q sexo sem camisinha traz mais prazer e se o fato de pegar o hiv os excitam!Apesar das campanhas vejo q as pessoas não tem consciêcia. Eu não quero um mundo cheio de pessoas contaminadas passando uma para outra seria um catastrofe!o rapaz q se chama gabriel não tem medo de contaminar uma inoscênte sua namorada?So queria q as pessoas acordasse e vessem o q estão fazendo!
ResponderExcluirA muito tempo não vejo um texto tão interessante quanto esse. É alarmante ler coisas desse tipo, sem falso moralismo, mas o ser humano chega as vezes a barbárie. Texto esclarecedor, muito bem pensado para um post, quisera ler tantas coisas interessantes em outros blogs quanto as q li aqui, parabéns.
ResponderExcluirFROM HELL
ResponderExcluirSerá que não está na hora das autoridades (sanitárias e judiciárias) fazerem algo? Até onde eu sei, disseminar/contaminar intencionalmente outra pessoa é crime previsto em lei, não interessando se é o não com aprovação. É mais ou menos como instigar alguém ao suicídio.
Ótimo post
Caras eu sou Hiv a dez anos tomando esses remedios tenho 38anos e sinto que meu corpo tem 68anos nem li toda a materia,porque fiquei com raiva,como eu queria não ter pego essa porra
ResponderExcluirPor favor Deus, vem logo e acaba com essa merda toda. Isso aqui ja ta 10x pior que Sodomo e Gomorra, falta o que mais? Sexo explícito gay e lésbico entre crianças na tv?
ResponderExcluirFui irônico né pessoal, mas é mais ou menos isso, se não for o fim do mundo bíblico, os humanos ja estão conseguindo acabar com ele com coisas do tipo. Fala sério, depois dizem que não existe o mal, que é um absurdo as religiões corretas não admitirem gays, etc.
As pessoas são destrutivas. Se a gente parar pra pensar, a maior parte do comportamento humano é auto-destrutivo. Comer MacDonald's ouvindo que obesidade mata? Ou o lado contrário, as anoréxicas que sabem que estão morrendo subnutridas e continuam sem comer? As meninas bulímicas que vomitam por culpa de ter comido uma refeição? Fumar?! Pessoas que começam a se drogar? Passar o dia mongando diante da TV sabendo que isso é desperdício de vida e cérebro?
ResponderExcluirO barebacking é a vertente sexual dessa auto-destruição. A auto-estima dessas pessoas deve estar muito deteriorada pra elas se entregarem a esse risco. Ou então elas não fazem idéia prática do que a AIDS faça com elas (honestamente, eu também não tenho, mas não parece ser algo bom). Falta consciência e amor próprio pra essas pessoas cuidarem de si mesmas.
E mais do que cuidar de si mesmas, cuidar dos outros. A sua liberdade acaba quando começa a liberdade do próximo - pra mim esse é o ponto mais crítico. Se é sua opção se expôr a uma doença fatal que vai te destruir aos poucos, então o problema é inteiro seu... Mas expôr outra pessoa a essa doença, isso é o máximo da falta de respeito que um ser humano pode ter por outro. Isso é vil, é cruel, é assassinato. Isso é o que me choca. Se entregar a uma relação íntima, onde se expõem, se abrir para uma pessoa e prejudica-la dessa forma.
A disseminação da AIDS é uma questão de auto-estima e (falta de) RESPEITO pela vida. A sua e a do outro.
Exagerei aqui no tamanho.
Daniela, você descreveu perfeitamente o que penso sobre esse assunto. Acho que foi o assunto que mais me chocou desde que comecei com um blog (2004). É revoltante, indignante e a maior falta de respeito pela vida e pelo próximo.
ResponderExcluirO Homem está doente e precisa urgente se tratar. Valeu pelo belo comentário.
EDITOR DA MIB
Eu sou a favor de todo tipo de liberdade... não recrimino quem queira ser HIV+... apesar de achar estupido... cada um faz o que quer com o proprio corpo... Mas a ideia não é tão libertadora assim... eu lembro de ter lido em algum lugar que o HIV possui muuuuitas mutações (uma das razões de não acharem cura) e se expor a varios HIV+ tras a possibilidade de mutar ainda mais o virus!!! Imagino que esse comportamento leve cada vez mais a um virus fodasso... mas sei la... só não monte a pelo...
ResponderExcluirEu acho muito válido e torço para que essa modalidade se multiplique cada vez mais, pois assim esses malditos homossexuais pegam AIDS e morrem o mais rápido possível.
ResponderExcluiro comentário acima é o que acabaria com essa servegonhisse, mas seria mais rápido se colocassem esses viados no paredão e fuzilá-los acabando com essa doença literalmente^^
ResponderExcluirEu já acho dar o rabo esquisito pra caramba, e acho uma ignorância do cacete achar que a AIDS não mata mais ninguém. POde demorar, mais a doença certamente se manifestará na maioria dos casos.
ResponderExcluirÉ bom lembrar que a AIDS é uma doença que atinge qualquer grupo social, não importa raça, cor ou orientação sexual. Novos dados mostram que o número de heterossexuais soropositivos são maiores que o de bissexuais e homossexuais soropositivos. Portanto, não são apenas os gays que não fazem uso da camisinha. Muitos anônimos ignorantes acham que essa doença é o castigo de seu deus aos homossexuais e passam a fazer sexo desprotegido, pensando seu deus irá protegê-los. Pobres tolos. Divulgar o seu ódio estúpido é sem fundamento, ou vcs acham justo eu simplesmente dizer: `` Gostaria que todos os ignorantes do mundo morressem´´. Seja gay, pobre ou burro não importa, vc é comum a todos eles pois somos todos humanos. Obviamente, os praticantes do bareback são MUITO ignorantes ao tratar a AIDS como a nova diabetes. As pessoas que simplesmente vulgarizam o sexo dessa forma (não só os gays) estão tratando o passado daqueles que morreram pela doença e o futuro deles como lixo, apenas querem um prazer imediato e sexual. Tem-se que ter cuidado também com a influência da pornagrafia, onde algumas divulgam e estimulam de certa forma o sexo sem camisinha.
ResponderExcluirTa na hora do planeta explodir, isso sim.
ResponderExcluirTexto realmente muito bom, eu não fazia ideia de que algo assim pudesse existir. O que há e errado com essas pessoas? Para chegar a esse ponto..
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