8 de ago. de 2014

O pinguim de dois metros que viveu na Antártida

Se vivesse em nossos dias seria tão alto e robusto quanto um jogador de basquete. 

Com seus dois metros de altura e seus 115 quilos de peso, o Palaeeudyptes klekowskii é o maior dos pinguins descobertos até agora e deixa muito para trás o recorde da espécie anterior extinta, os fósseis de um pinguim de 1,5 m descobertos no Peru.

Os novos fósseis foram descobertos na ilha Seymour, na península antártica, no começo do ano, mas somente agora a equipe de Carolina Acosta, do Museu da Prata, encontrou algumas peças que permitem estimar seu tamanho. Os primeiros restos consistiam em uma dúzia de ossos, em sua maioria dos pés e as asas do animal, mas o achado de um tarsometatarso de 9 cm permite inferir que a ave poderia ter até dois metros de altura.



O Palaeeudyptes klekowskii viveu entre 37 e 40 milhões de anos atrás, uma época maravilhosa para os pinguins, segundo Carolina, que calcula que até 14 espécies devem ter povoado a costa antártica. O clima destas ilhas era por então um pouco mais quente que na Antártida e mais parecido ao da Terra de Fogo, no extremo sul da América do Sul.

Ainda que seja difícil calcular como teria sido a altura deste pinguim sobre duas patas -seus esqueletos são diferentes dos pinguins atuais- está claro que é a maior espécie descoberta até agora, bem longe dos 1,36 m e 46 quilos do pinguim imperador. Os cientistas também acham que este grande tamanho pôde dar ao animal algumas vantagens e que talvez podia permanecer debaixo da água mais tempo que os pinguins atuais, até 40 minutos, o que lhes permitiria se alimentar de grande quantidade de presas.



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