- Shigeru Nakayama, que imigrou para o Brasil há 50 anos, cuida de ruínas de Airão Velho, a 180 km de Manaus, que viveu seu auge no Ciclo da Borracha
Nakayama chegou a Airão Velho em 2001. (Foto: Lucas Amorelli/BBC) |
A cidade de Airão Velho, no Estado do Amazonas,teve seu auge há mais de 100 anos e sua decadência econômica traduziu-se na partida dos moradores. Hoje, um único homem vive ali e tornou-se seu guardião.
Shigeru Nakayama tem 62 anos e chegou ao Brasil há mais de 50 anos. Nasceu em Fukuoka, no sul do Japão, e mudou-se durante o grande fluxo migratório de japoneses no começo dos anos 1960.
O Japão, à época, passava por dificuldades econômicas e o Brasil precisava de mão de obra na agricultura. Sua família, então, assentou-se no Pará.
No início dos anos 70, ele e um grupo de amigos partiram para a Amazônia em busca de trabalho, e estabeleceram-se às margens do Rio Negro.
Chegou a Airão Velho em 2001, quando a cidade já estava abandonada havia quase 70 anos. O vilarejo teve seu auge econômico durante o período do Ciclo da Borracha, quando a região era movida pela exploração do látex.