Já pensou ser anestesiado para uma cirurgia, mas não dormir? Você ainda sente tudo, está acordado, só que não consegue se mexer e avisar que ainda está consciente. Quão agonizante deve ser?
Isso é chamado de “despertar inadvertido durante a anestesia” (DIDA). DIDA ocorre quando um paciente sob anestesia geral fica consciente de algum ou de todos os eventos durante a cirurgia ou procedimento cirúrgico, e tem recordação direta desses eventos.
Apesar de raro, isso já aconteceu com algumas pessoas. DIDA ocorre com 1 ou 2 pacientes a cada mil submetidos a anestesia geral. Confira as histórias incríveis de alguns sobreviventes desse martírio:
1 – Carol Weiher, acordada durante cirurgia de olho
Carol Weiher teve seu olho direito removido cirurgicamente em 1998. Ela simplesmente acordou ouvindo música de discoteca. A próxima coisa que ouviu foi “Corte profundo, puxe com mais força”.
Ela queria desesperadamente gritar ou até mover um dedo para sinalizar os médicos de que estava acordada, mas o relaxante muscular que havia tomado a impedia de controlar seus movimentos. “Eu estava fazendo uma combinação de oração e súplica, xingando e gritando por dentro”, disse.
Os instrumentos cirúrgicos não causaram dor a Weiher, apenas pressão, mas as injeções de uma droga paralítica durante a operação “pareceram combustível inflamado”, segundo Carol. “Eu pensei que estava no inferno”, disse ela.
Toda a cirurgia durou cinco horas e meia. Nesse tempo, ela desmaiou ou ficou inconsciente algumas vezes. Quando acordou de vez, ela começou a gritar. “Tudo que eu podia dizer era ‘eu estava acordada! Eu estava acordada!’”, conta.