- Uma paródia que está enlouquecendo muita gente
Adorei... queria ir lá para ver isso de perto.
Caso você não tenha ouvido falar dela antes, a Igreja do Monstro de Espaguete Voador, também conhecida como Pastafarianismo -contração entre massa e rastafari- é um movimento que promove uma visão despreocupada da religião, e é geralmente visto pelo mídia como uma sátira da religião organizada.
Mas o aposentado alemão Rüdiger Weida, de 63 anos de idade, leva seu Pastafarianismo muito a sério.
Rüdiger estabeleceu sua própria igreja na cidade de Templin, em setembro do ano passado, e agora está tentando de tudo para ser reconhecido legalmente pelo Estado.
A adoração semanal de macarrão na igreja de Rüdiger começa às 10 horas a cada sexta-feira. O formato básico da igreja "macarrônica" é algo semelhante ao das principais igrejas cristãs: há um altar, um tempo dedicado a orações, leituras bíblicas, hinos e uma Sagrada Comunhão.
No entanto, as semelhanças param por aí. O vinho e o pão são substituídos por cerveja e, claro, fios de espaguete cozido, e os paroquianos devem dizer "Ramen" (miojo) em vez de "Amém" e cantar "Beer-Aleluia" no final da missa.
Como líder desta igreja incomum, Rüdiger, que atende pelo pseudônimo "Bruder Spaghettus" ("Irmão Espaguete"), atua como "Noodler" ("Macarroneiro"), uma espécie de padre que reza a missa vestindo um longo manto amarelo e uma estola rosa pink.
Quando questionado se ele realmente acredita na natureza divina do Monstro de Espaguete Voador, Rüdiger respondeu que esta é uma pergunta difícil para um pastafariano:
- "Estamos todos separados por duas pessoas dentro de nós. É claro, eu acredito. Mas, é claro, eu também sei que não existe".
Isso soa muito absurdo para parecer a essência de uma religião. Mas quanto mais você cava o Pastafarianismo, mais ridículo ele tende a ficar. Por exemplo, Rüdiger disse que acredita na existência do céu, bem como na vida após a morte, que inclui grandes quantidades de cerveja e um grande número de strippers, todas comendo macarrão.
Apesar do absurdo, Rüdiger acredita que o Pastafarianismo merece o reconhecimento oficial. Ele acredita que as organizações religiosas sérias desfrutam de um estatuto privilegiado na Alemanha, e que os mesmos direitos civis não são estendidos para ateus ou não-crentes.
- "Com as leis de emprego, por exemplo, as igrejas podem contratar e demitir pessoas com base em suas crenças", ressaltou. - "Igrejas tradicionais também podem receber financiamento do governo para gerenciar suas instituições".
Assim, ele quer ganhar o reconhecimento legal de sua própria Igreja do Monstro de Espaguete Voador e fazer uma declaração sobre os direitos dos não-crentes. E ele poderia ser bem sucedido, uma vez que o prefeito de Templin, Detlaf Tabbert, não freqüente qualquer igreja. Ele já deu permissão para Rüdiger colocar sinais e placas oficiais nas ruas sobre cultos de adoração de macarrão.
- "Nós vivemos em um lugar tolerante e não devemos discriminar as minorias", disse Tabbert. - "As pessoas também devem ser capazes de lidar com as críticas e ter senso de humor""
Nem todo mundo dá suporte a causa de Rüdiger, no entanto. Thomas Hoehle, um padre da Igreja Católica Coração de Jesus em Templin, disse que os pastafarianos estão tentando ter as duas coisas:
- "Obviamente não é uma igreja de verdade", disse ele. - "É uma paródia de uma igreja. Precisamos ser respeitosos com diferentes credos. E esta igreja paródica é prejudicial ás religiões organizadas"
Há algumas autoridades que estão de acordo com o padre, e querem que os sinais para os cultos religiosos macarrônicos sejam retirados da ruas.
Rüdiger Weida diz que sua Igreja é como qualquer outra e que qualquer opinião contrária é preconceituosa e fere seus princípios de cidadania, entretanto. Ele exige respeito de quem quer que seja para professar sua crença no Monstro do Macarrão e ademais convida os homens de boa fé a rezar em sua igreja tomando cerveja e comendo uma bela macarronada.
Fonte
Um comentário:
Só pra constar, o pastafarianismo virou uma religião legal na Polônia. Não deixem de seguir os 8 condimentos. Rámen!.
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