22 de fev. de 2012

Droga contra o câncer consegue curar o Alzheimer em 6 horas

  • Conseguindo transformar essa descoberta em remédio, muitas pessoas vão ficar curadas
São estudos assim que me faz acreditar na ciência, que maravilha, tomara que isso tenha logo um remédio para  essas milhares de pessoas pelo mundo que sofrem com essa doença.

Neurocientistas da Escola de Medicina da Universidade Case Western Reserve (EUA) descobriram que um fármaco chamado bexaroteno, utilizado para tratar o câncer há quase uma década, é capaz de reverter os danos produzidos no cérebro devido ao Mal de Alzheimer, que se origina-se em muitos casos quando o organismo se mostra incapaz de eliminar do cérebro uma proteína beta-amilóide, produzida de forma natural.

Em 2008, o neurocientista Gary Landreth descobriu que o principal portador do colesterol no cérebro, a apolipoproteína E (ApoE), facilita a destruição das proteínas beta-amilóide. Por isso, e dado que o bexaroteno age estimulando os receptores retinóides X, Landreth e sua equipe decidiram provar este medicamento para aumentar os níveis da proteína no cérebro e reduzir as placas beta-amilóides. O estudo realizado com ratos foi surpreendente, segundo os autores, por causa da rapidez com a qual o bexaroteno melhorou o déficit de memória e de comportamento, conseguindo reverter a própria doença.

Em concreto, seis horas após a administração deste fármaco, os níveis de beta-amilóide reduziram-se em um 25%, e o efeito durou até três dias. Um exemplo da melhora conseguida seria o aumento do instinto típico dos roedores utilizados no estudo. Quando os ratos doentes com Alzheimer encontravam o material adequado para construir ninhos -neste caso, lenços de papel- não faziam nada para criar um espaço para a ninhada, o que mostra que tinham perdido este instinto. 

No entanto, apenas 72 horas após iniciar o tratamento com bexaroteno, os ratos voltaram a utilizar o papel para construir seus ninhos. O uso deste fármaco também melhorou a capacidade dos ratos para detectar e responder aos cheiros.

Até parece que o bexaroteno reprograma as células imunológicos do cérebro para "comer" ou fagocitar os depósitos de amilóide, segundo explicaram com entusiasmo Landreth e sua equipe, o que por enquanto permite reverter as características patológicas da doença em ratos. Agora só resta comprovar se o efeito se repetirá em seres humanos.





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