- AS INACREDITÁVEIS PET ROCKS DE GARY DAHL
Há exatos 40 anos, o publicitário Gary Dahl ouvia de seus amigos, reunidos num bar de Los Gatos, na Califórnia, inúmeras reclamações sobre o trabalho que era cuidar de seus animais de estimação.
As maiores queixas referiam-se à necessidade de fazer caminhadas, dar banhos, alimentar e exercitar os bichos. No que ele comentou: “Não seria ótimo se cachorros e gatos fossem como as rochas?”
Foi o estalo que faltava para consolidar a carreira. E Gary nem precisou evoluir tanto assim a ideia: em alguns dias começou a vender pedras acolchoadas por palha de madeira numa caixa de papelão.
As primeiras Pet Rocks eram seixos rolados de rio, comprados na loja de material de construção de outro amigo seu. Mais tarde, foi obrigado a adquirir a matéria-prima com fornecedores de grande porte.
Enfim, as rochas eram comercializadas como verdadeiros animais vivos. Tanto que as embalagens personalizadas chegavam ao cúmulo de ser furadas para permitir a respiração dos “bichinhos”.
Acompanhava um manual de treinamento, com 32 páginas de instruções sobre como “criar e cuidar” corretamente da Pet Rock, e várias dicas úteis sobre higiene, alimentação e prática de exercícios.
Gary também incluiu noções de adestramento das pedras. “Parar e sentar” eram os comandos mais fáceis de realizar. O problema do treinamento referia-se a ações como “correr e sacudir”, por exemplo.
A moda das Pet Rocks durou pouco: apenas 6 meses, mas terminou com 1.500.000 unidades vendidas, suficientes para deixar o espertalhão milionário, já que cada kit custava 4 dólares redondos.
Em dinheiro de hoje, considerada a inflação das últimas quatro décadas, Gary Dahl teria faturado em reais algo como 50 milhões, uma cifra astronômica equivalente a várias Mega Senas acumuladas.
Resultado da fantasia: num semestre, crianças e adultos vagaram pelas ruas dos EUA segurando seu melhor amigo amorosamente, como o Náufrago de Tom Hanks, anos mais tarde, com a bola Wilson.
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