11 de fev. de 2014

A droga que pode fazer você aprender rápido como uma criança de 7 anos

  • Uma descoberta tentadora e perigosa com efeitos inimagináveis

Imagine se você pudesse voltar a aprender com a mesma rapidez e velocidade de uma criança de sete anos. 

O que você faria se essa “porta da percepção” da infância fosse reaberta? Aprenderia um novo idioma ou um instrumento musical? 

Dentro de algum tempo, esse desejo poderá se tornar realidade e, quem sabe, estará disponível nas farmácias. Takao Hensch, professor de biologia molecular e celular na Universidade de Harvard, está estudando uma droga que pode permitir aos adultos a aprender, por exemplo, como ter o “ouvido absoluto”, facilidade em compreender e reproduzir notas musicais sem uma referência, um talento importante para o sucesso de muitos músicos. 


Hensch fez um teste com uma droga chamada Valproato, ou ácido valproico, que permite ao cérebro absorver novas informações tão facilmente como antes dos 7 anos. Esta droga é usada para estabilização do humor, mas, de acordo com sua descoberta, também poderia ser aplicada para restaurar a capacidade de assimilação de quando éramos crianças. 

O pesquisador deu a droga a um grupo de homens, jovens e saudáveis, que não tinham formação musical como crianças. Eles foram convidados a realizar tarefas on-line para treinar seus ouvidos e, no final de um período de duas semanas, foi testada a sua capacidade de discriminar o tom para avaliar se o treinamento teve mais efeito do que normalmente teria na idade adulta.

Em outras palavras, ele deu às pessoas um comprimido e, em seguida, ensinou-os a ter afinação perfeita. Os resultados foram significativos, de acordo com o pesquisador: "É bastante notável, pois não existem relatos conhecidos de adultos na aquisição do ouvido absoluto", disse Hensch.

Apesar dos resultados animadores, o pesquisador prefere ter cautela em relação ao uso efetivo da droga. Ele salienta que os processos evolutivos do cérebro acontecem por uma determinada razão ao longo do nosso crescimento e é preciso ter muito cuidado na maneira como isso poderia ser modificado. Afinal, passamos por uma fase crítica de nosso desenvolvimento cerebral em que são construídos os conhecimentos em torno de nossa cultura e nossa identidade e mexer nisso tudo poderia envolver grandes riscos com consequências ainda desconhecidas.

Ai mora o perigo, o desconhecido...






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