18 de mar. de 2014

A história da pedra que foi pedra e hoje não é pedra


  • O lugar fica na cidade de Tandil, no sudeste de Buenos Aires, na Argentina


Acredite, mas isso foi uma pedra e hoje não é mais. A história é muito interessante.

O lugar é uma cidade pequena, do tipo em que nada de importante costuma acontecer. As pessoas seguem com suas vidinhas pacatas. Quem vê a cidade e sua calma, não imagina que ali é o lar de um fenômeno que aos olhos do povo, desafiava as leis da Física que durante décadas impressionou turistas e pesquisadores.

De fato, era estranho. Naquele local havia um pedregulho gigantesco, que pesava mais de 300 toneladas. A pedra ficava oscilando na beira de um precipício, mas não caía!

Segundo testemunhas, ela ficava balançando ritmicamente com as rajadas de vento, e há quem diga que ela passou vários milênios acorrentada com um poder sobrenatural, coisa que parece impossível para os seres humanos racionais entenderem.

A pedra atraía muita atenção e turistas vagavam pelo lugar o tempo todo.

A história que se conta da pedra é bem interessante. Segundo dizem os anciãos da cidade, uma antiga lenda local dizia:



Esta pedra está aqui há tanto tempo que ninguém consegue se lembrar quando e como ele veio parar aqui. Passaram-se mais de 200 gerações, e a pedra continua em seu lugar como um observador da vida. Existe a crença local de que milhares de anos atrás, os ancestrais trouxeram aqui um ser chamado Davasko – O filho do sol. Ele ensinou as pessoas a agricultura, a criação de animais, vários ofícios. Ele ensinou-lhes a ter uma reverência especial para o ouro. Afinal, o ouro simboliza o sol.

Após ter ensinado o povo e passar algum tempo com eles, Davasko partiu para o céu… Ele voltou para o seu pai. Mas antes de partir, ele prometeu a seu povo que levaria um tempo, mas que ele iria retornar para os homens, e os levaria para se juntar ao povo dele nos céus de forma permanente. Para que as pessoas não se esquecessem dele, Davasko deixou uma pedra que vai ficar oscilando no abismo até o seu retorno.

Antes de ir embora ele disse que as pessoas não deveriam ter medo de quaisquer raios escaldantes, nem o vento, nem chuva, nem o próprio tempo. Muito tempo decorreu desde então. A pedra ainda está de pé. Assim como as pessoas ainda estão esperando pela volta de Davasko.






Por mais estranha que seja a história de Davasko, a tal pedrona não caía nem por reza braba. Muitos tentaram empurrá-la para baixo. As pessoas subiam nela e tiravam fotos. Embora alguns dissessem que a pedra oscilava, se ela o fazia era tão sutilmente que os olhos não podiam ver. 

Rapidamente, a população local achou um jeito de mostrar claramente ao turista que a pedra estava solta sim. Eles colocavam uma garrafa de vidro debaixo da pedra e a empurravam. O vidro estourava na hora. Era a prova que a pedra estava oscilando.

Então, num dia, sem aviso prévio… Isso mesmo. A PEDRA CAIU!

Ninguém sabe ao certo porque ela passou séculos pendendo pra la e pra cá e do nada ela caiu. O povo da cidade ficou atônito e muitos começaram a temer que Davasko pudesse chegar a qualquer momento. As especulações sobre o que levou a pedra a cair indicavam que ela havia caído pela ação de um forte vento somado a um abalo sísmico, talvez causado pelas explosões consecutivas numa mina nas proximidades.

Cientistas que examinaram o caso tem outra versão: Segundo eles, a pedra estava se movendo o tempo todo. Mas por ser tão pesada, levou milhares de anos para que ela escorregasse o suficiente ao ponto de rolar morro abaixo.

Tristes com a perda de seu monumento natural, as pessoas da cidade decidiram não deixar aquilo assim.

Em 13 maio de 2007 às 07:58, 95 anos após a queda do pedregulho, os moradores de Tandil recuperaram seu mito histórico. 

Uma réplica da pedra feita de fibra de vidro foi içada com um guindaste e colocada no morro, com as mesmas características e no mesmo lugar exato.

Seu peso é muito menor – cerca de 9 toneladas, e ela não vai rolar, pois está rigidamente fixada à rocha, que é agora um parque turístico “Parque lítica Movediza”.










. . .

4 comentários:

Anderson CH disse...

Argentino não aguenta perder mesmo... tá doido.. kkkkkkkk

Pastor Edemerval Lacerda de Aguiar Sobrinho disse...

Só uma correção, pelo tamanho da pedra em relação às pessoas, eu diria que ela é uma G2 ou no máximo talvez uma G3, então ela pode ser que tenha 30 toneladas.

Jamais 300 toneladas como vc diz no começo da postagem.

Ps.: Sou geologo

Silvio Castelhano disse...

Anderson falou tudo!!! kkkkkkkk

Argentino não aceita perder mesmo!!!

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Que sinistro... Eu que não ficava nem um segundo debaixo dessa pedra =] kkkn

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