- Para quem gosto de lugares abandonados, esse é fantástico
Nos últimos anos do século XIX, a população de Berlim expandiu-se rapidamente. As questões de precariedade no atendimento médico ao grande número de pessoas não demorou a surgir.
Foi quando em 1898, o Instituto Nacional do Seguro alemão decidiu construir este imenso complexo hospitalar, que foi projetado pelo arquiteto Heino Schmieden, na porção sudoeste de Berlim, perto da cidade de Potsdam.
Não muito distante da capital alemã, a floresta Beelitzer foi considerada adequada para um sanatório para tuberculosos, já que apresentava uma paisagem agradável com ar fresco e revitalizante. No entanto, quando a Primeira Guerra Mundial estourou em 1914, não demorou muito antes de ser requisitado e convertido em um hospital militar do exército imperial alemão, para cuidar das baixas maciças infligidas na frente.
Nos últimos meses de 1916 um jovem soldado chamado Adolf Hitler foi enviado para lá para se recuperar de uma lesão na coxa adquirida durante a Batalha de Somme.
O distúrbio do pós guerra no início dos anos 1920 viu a expansão do sanatório que naquele momento tratava milhares de doentes e militares feridos. Tornou-se quase uma pequena cidade que tinha seu próprio açougue, padaria e lavanderia, para não mencionar as instalações para proporcionar maior conforto, como um restaurante e esplanada.
No período da Segunda Guerra foi requisitado novamente, quando vários de seus edifícios foram destruídos pelos bombardeios dos Aliados. Em 1945, após a derrota da Alemanha nazista, o povo alemão foi dividido em dois. Neste ponto da história a URSS assumiu o controle da instalação transformando-o as instalações em um hospital militar soviético, dentro da República Democrática Alemã (o nome dado a Alemanha Oriental comunista, sem ironia alguma). Mesmo após a reunificação da Alemanha, em 3 de outubro de 1990, o exército soviético permaneceu no controle do hospital até 1995.
Após a retirada soviética, foram feitas tentativas de privatizar o complexo, mas não foram inteiramente bem-sucedidas. O conjunto de edifícios passou tanto tempo nas mãos daqueles que eram essencialmente uma força de ocupação, que parecia existir uma espécie de limbo legal a ser transposto. Algumas seções do hospital permaneceram em operação como um centro de reabilitação neurológica e como um centro de pesquisa e assistência às vítimas da doença de Parkinson. O restante do complexo, incluindo a ala de cirurgia, o hospital psiquiátrico, e um campo de tiro, foi abandonado à sua própria sorte em 2000.
Agora somente fantasmas e praticantes de urbex vagam pelas instalações em ruínas do Beelitz.
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