A praça central da cidade de Mons, no oeste da Bélgica, tinha tudo pra ser apenas mais uma daquelas pracinhas tão típicas da Europa, com calçamento de pedra, alguns cafés, restaurantes e turistas caminhando de um lado para o outro.
Acontece que nessa praça reside um mistério que já dura algumas centenas de anos e que jamais foi decifrado.
Bem ao lado do portão que dá acesso à prefeitura da cidade, é possível encontrar um pequeno macaco esculpido em ferro cravado em uma das paredes de pedra.
O simples fato desse macaco estar ali já seria curioso por si só, já que ele destoa completamente de tudo que está ao seu redor. Mas o que chama atenção é o fato de que ninguém sabe como ele foi parar ali. Ele simplesmente apareceu, da noite pro dia!
Apesar de ninguém ter certeza da origem dele, duas teorias são bastante usadas pra explicar como ele foi parar ali.
A primeira diz que um ferreiro da cidade estava estudando pra ganhar o título de “mestre-ferreiro” e pra isso precisava realizar uma prova final de que de fato era um profissional capacitado. E a tal prova final foi o macaquinho, que ele esculpiu e colocou na praça central pra que todos pudesse ver a qualidade do seu trabalho.
Já a outra teoria conhecida diz o que o macaco era usado pra marcar o lugar onde os criminosos eram punidos após serem pegos. Séculos atrás, era comum que ladrões fossem colocados em praça pública para passar por um processo de violência e humilhação como forma de punição. Por isso, ninguém queria chegar perto do macaco. Era um motivo de medo pra muita gente.
Independente de qual teoria você ache mais plausível, nenhuma delas jamais foi comprovada oficialmente. E provavelmente nunca será, deixando o mistério ainda mais intrigante.
Ao invés de ficar quebrando a cabeça pra descobrir, os moradores resolveram dar uma outra conotação pro pobre bichinho, e saíram dizendo por aí que passar a mão esquerda na cabeça dele traria sorte imediata na vida.
Foi o que bastou pra que ninguém mais se preocupasse com a origem do macaquinho.
A partir daí, todos que estavam de passagem pela praça davam um jeito de passar a mão esquerda na cabeça do bicho pra garantir a tal sorte.
E até hoje é assim, a ponto da cabeça dele ter perdido completamente a cor avermelhada do resto do corpo, de tanta gente que acredita nos bons ventos que ele pode trazer.
E convenhamos, não custa nada garantir, concorda?
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