13 de mar. de 2015

Túmulo de príncipe celta descoberto na França, de 2.500 anos de idade, revela tesouros deslumbrantes

  • O túmulo de um príncipe da Idade do Ferro Celta, foi descoberto em uma pequena cidade francesa.

A sepultura, repleta de artefatos gregos e, possivelmente, etruscos, foi descoberta em uma zona empresarial nos arredores de Lavau, na região de Champagne, na França. O príncipe foi enterrado com sua carruagem, no centro de um enorme monte, em uma tumba de 40 metros de diâmetro, datada do século 5 a.C.

A equipe do Instituto Nacional de Investigação Arqueológica (Inrap) tem escavado o local desde outubro do ano passado. Sua descoberta poderia lançar uma luz sobre como seria o comércio europeu na Idade do Ferro, de acordo com os pesquisadores.

O túmulo de 2.500 anos tem uma câmara funerária em seu cerne, de 14 metros quadrados de diâmetro, ainda não aberta. "É provavelmente um príncipe celta local”, disse o presidente do Inrap, Dominique Garcia em uma coletiva de imprensa.

A descoberta mais interessante, segundo ele, foi um grande caldeirão decorado em bronze, usado para armazenar vinho. Parece ter sido feito por artesãos etruscos de uma área, hoje, pertencente a Itália. O caldeirão tem quatro alças circulares decoradas com cabeças de bronze, que retratam o deus grego Acheloos. A divindade é mostrada com chifres, uma barba, as orelhas de um touro e um bigode triplo. Oito cabeças de leoas decoram a borda do caldeirão.



O mausoléu continha um jarro de vinho de cerâmica decorado, feita pelos gregos. Decorações sobre o navio revelam o deus Dionísio, que encontra-se sob uma videira e de frente para uma mulher. Os arqueólogos também encontraram restos de uma roda de ferro, a partir de uma carruagem enterrada com o príncipe. Outra descoberta interessante foi uma colher de prata perfurada que fazia parte dos utensílios de banquetes, presumivelmente para filtrar o vinho, como é possível ver na imagem abaixo:


As peças "são provas das trocas que aconteceram entre o Mediterrâneo e os Celtas", disse Garcia.

O final da sexto e início do quinto século a.C, foram caracterizados pelo surgimento de cidades-estados gregos e etruscos, como Marselha, no sul da França. Comerciantes do Mediterrâneo, em busca de escravos, metais e outros bens preciosos, abriram canais de negociação com os celtas continentais. Os celtas ganharam valiosos objetos de origem grega e etrusca, como resultado do comércio. Muitos deles foram encontrados em outros montes, em Heuneburg e Hochdorf, na Alemanha.



Os pesquisadores dizem que a escavação no local será concluída no final deste mês.


Fonte






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