27 de dez. de 2010

Conheça os Índios do Japão

  • Índios no Japão? Sim, são os Ainus

Pois é…pouca gente sabe disso, mas existe índios no Japão.
Esse grupo indigena é denominado como Ainus e podem ser encontrados em Hokaido (Japão), ilhas Curilas e boa parte em Sacalina.
Hoje em dia presuma-se que há cerca de mais de 150.000 Ainus. Entretanto a quantidade exata não é bem conhecida visto que muitos Ainus escondem sua origem devido a questões raciais no Japão e também houve a miscigenação da raça.
Em muitos casos, a sobrevivência dos Ainus nem é motivo de preocupação para os ancestrais, já que os pais e avós mantém seus descendentes de forma privada, de forma a proteger suas crianças de problemas sociais.
No dialeto da lingua ainu em Hokkaido, ainu, significa ¨seres divinos¨.

  • Origem dos Ainus em Hokkaido

Alguns estudiosos têm defendido a teoria mongólica, depois do período Jomon (há mais de 10.000 anos) os mongóis que viviam mais ao sul da Mongólia e ao norte também, começaram a se locomover em busca de melhores condições de vida, migrando para o arquipélago japonês.

Os japoneses começaram a chegar a Hokkaido no início do século XV, mas antes de iniciarem a chamada colonização organizada no período Meiji (1868-1912), já havia ainus residindo na região.

Durante e depois da invasão eles proibiram os ainus de caçar animais, como ursos e veados, ou pescar salmão, que era o principal alimento da sua dieta, tirando assim seu direito à subsistência. 

Os colonizadores japoneses empurraram o povo ainu até os mais longíquos cantos de Hokkaido. Muitas pessoas morreram com a migração e com a fome.




  • Ainus nos dias de hoje

Hoje, poucos descendentes dos ainu sabem se comunicar na língua de seus ancestrais.
Segundo uma estatística da prefeitura de Hokkaido de 1999, 0,8% dos ainus, todos maiores de 50 anos, sabem conversar fluentemente em sua própria língua, ao passo que 4,5% disseram que podem manter uma pequena conversa.
Atualmente, segundo a última estatística realizada em 1999, (dados oficiais) 24 mil ainus vivem na ilha de Hokkaido. Mas, embora, segundo um representante da comunidade, esse número deve ser dois ou três vezes maior, já que em todo Japão há muitos que não se atrevem a revelar suas origens.
A maioria sobrevive em condições de pobreza e praticamente no esquecimento, apesar de viver na segunda maior potência econômica do mundo.

8 comentários:

Anônimo disse...

Excelente matéria!

Que tal postar também sobre os burakuminzoku?

Grande abraço!

ONE

Anônimo disse...

Vc escreve bem hein?
"os Mongóis que viviam mais ao sul da Mongólia e os Mongóis que viviam mais ao norte da Mongólia, depois do período Jomon (há mais de 10.000 anos) os mongóis que viviam mais ao sul da Mongólia"

Bertolucci disse...

Aos anônimos:

Ao primeiro, anotada sua sugestão. Irei pesquisar.

Ao segundo, valeu pela chamada de atenção. Não escrevo ruim não... kkkkk... to atolado mesmo (trabalho de escritório, ensaiando duas peças e ainda terminando um livro e blogando), ... as vezes passa alguma loucura. Repeti uma frase e ficou sem sentido, mas já consertei. Valeu!!!!


EDITOR DA MIB

Anônimo disse...

Se os ainus sao os indios japoneses
Nos de Okinawa somos os nordestinos do Japao (evidentemente estou falando do povo e nao a regiao em sim)

clarindo disse...

Eu queria ter nascido índio. Poder fazer um monte de filhos e ainda ganhar dinheiro do governo com isto, e passar o dia tomando cachaça.

Anônimo disse...

Se os índios hoje em dia tomam cachaça, se prostituem e usam drogas, quem trouxe o mundo mundano até eles foi o homem branco. E se o governo dá dinheiro à eles, talvez seja para compensar as terras que lhes foram tiradas, aliás quem lhes ensinou o valor do dinheiro também foi o homem branco.

Anônimo disse...

focar nas mazelas dos indígenas atuais é a escolha mais pobre e porca que se pode fazer em meio as opções disponíveis... a questão indígena é uma questão complexa e se entrecruza em nós atados a preconceitos e tragédias, massacres e exploração. e qualquer comentário acerca de os indios não trabalharem é apenas um vômito ressentido de um escravo de uma cultura pobre que não tem nem ritos, nem cosmologia para sentir-se existente. somos apenas peças de uma engrenagem só ganhando o suficiente para comer e morar para continuar trabalhando e abastecer o mercado do roubo autorizado (lucro) que banca as riquezas de pouquíssimas famílias.. e olhar para o modo indígena de vida com desdém é o ápice de nossa ignorancia. em um tempo em que todos os meios naturais de existencia e relações estão ou acabados, ou em vias de se acabar, o conhecimento, tradições e cosmovisão indigenas/primitivos poderia servir-nos de exemplo, mas somos arrogantes demais para considerar essa possibilidade. é triste que os indios estejam entregues à bebida em alguns locais. mas é complexo querer mante-los cercados numa vida sem acesso aos bens materiais que lhes despertam desejos através da publicidade e midia que chega a eles de qualquer forma... e ainda por cima tem a BALELA da democracia que promete direitos e impõe deveres iguais a todos IGUAIS... aí fodeu. a pasteurização gera melindrosos chatos resmungando seu direito a "educação" (essa tristeza que só ensina submissão e autoridades), tecnologias... vivemos dentro de uma trama de absurdos tristes. e o pior: as embasamos com nossas atitudes diariamente...

xok disse...

De acordo com a Wikipédia "Ainu" significa o OPOSTO de "Divino", ou seja significa pessoa ou humano.

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