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- Máscaras
O ser humano ao nascer necessita ser adestrado para conviver em sociedade, alias o adestramento, em partes, é o convívio social. Se ele não for submetido ao tortuoso convívio social não vai saber ser humano. Porém, quando ainda muito jovens, e já habituados em um convívio com nossos parentes, aprendemos a ter características próprias e autênticas, é o que diferencia o intelecto de cada individuo. E por falta de inibição e observando o mundo em nossa volta acabamos desenvolvendo nossa essência, que é nosso próprio jeito de ser, de brincar, de pensar, nossa maneira de se comportar e agir, nossos talentos e virtudes, há quem acredite que até mesmo nossa sexualidade.
Já com nosso modo de ser definido, vamos para talvez a pior fase de nossas vidas, a escola. Lá somos obrigados a conviver com pensamentos diferentes, o que pode ser muito bom e saudável para alguns, mas para outros é o motivo de se enfiar em uma caixinha. Todo seu modo de ser vai parar em uma minúscula caixinha no fundo de seus corpos. Para ser mais bem aceito por seus “coleguinhas” as crianças passam a usar máscaras. Nessa idade começam a notar que não é só na escola que se tem a necessidade de colocar máscaras, é em todos os lugares, para ser igual todo mundo, para ter uma vida com vários “amigos”, para ser feliz. Não sabem que, a máscara, ao passar dos anos, se cola no rosto e não sai mais. Não sabem que máscara sob máscara afunda mais a caixinha.
Quando adolescentes a caixinha está tão funda, tão funda que nem o próprio dono sabe onde está.
Adultos, acham muito boas suas máscaras, e, cada dia, criam mais para tirar mais vantagens, para estarem no topo, para serem os melhores amigos, os melhores padrinhos, os melhores tios, os melhores pais, acham que estão em alguma competição e o prêmio é a inveja alheia. A busca pela felicidade é constante, e pelo vício cada vez novas máscaras surgem para achar a certa para ser mais feliz.
Já no fim da fase adulta, poucos se dão conta que o que se procura é a sua essência, e passam a procurar incansavelmente a sua. Na falta de uma, passam a forjar uma máscara como uma falsa essência. Mas não dá certo.
Quando velhos, se dão conta que a essência já esta perdida e não vale à pena correr atrás de uma falsa máscara. Dão-se conta que todas as máscaras são falsas. Dão-se conta que a máscara da felicidade não existe e que todas suas vidas, além de uma gigante mentira, foram muito inventivas e más vividas. Quando isso acontece, alguns entram em depressão, outros aguardam a morte, mas o que é mais triste é que todos negam a existência da essência. Todos negam a realidade. Não há como tirar todas as máscaras, pois muitas já estão presas a face. Não há tempo de viver a mesma vida novamente. Não há como voltar. Apenas dá de usar uma última máscara, atuar a felicidade e aguardar que caia o pano.
Acredito que existam outros além de mim que se recusaram a usar a máscara. Que exibem com orgulho suas essências. Outros que sabem como é ruim na fase escolar estar livre da máscara, afinal, quem usa a máscara sempre fere o rosto de quem está desprotegido. Porém, sabem que a fase escolar, como seu próprio nome sugere, é apenas uma fase. E assim, como todas as outras, ela passa. Também sabem que a felicidade não está no fundo de uma máscara e sim em pequenos momentos. Por isso entendem como é importante passar por dificuldades e estar em momentos infelizes, só assim vão valorizar os momentos felizes.
O ser sem máscara pode parecer um pouco mais apagado, porém sem querer desperta inveja. Apesar dessas pessoas não serem tão reluzentes, suas vidas, no conjunto, são mais brilhantes.
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TEXTO - IGOR MIGUEL - Blog PINGO NO I
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