Mentes Imundas e Belas: Tanatose - Simulando a própria morte

18 de dez. de 2011

Tanatose - Simulando a própria morte

A natureza age de formas estranhas que encanta a todos com suas peculiaridades

Essa é uma das situações que mais me encanta na natureza. Sinta que coisa mais interessante.

Tanatose é mais uma extraordinária estratégia evolutiva de sobrevivência, utilizada por algumas espécies que fingem-se de mortas. Confere uma vantagem seletiva/adaptativa, onde a finalidade mais comum é a de escapar do ataque do predador. Em uma verdadeira encenação de arte dramática, os animais fazem movimentos errantes, simulam agonia, postam-se de costas para o substrato, com os membros encolhidos (posição típica de uma situação real post-mortem), ficando assim paralisados por vários minutos.

A tanatose dá certo porque geralmente os predadores tomam certos cuidados em relação à sua presa. Muitos animais só atacam presas que estejam em movimento. Fingindo-se de morto, o animal evita atenção indesejada. A posição da presa “morta” pode indicar impalatabilidade (gosto muito ruim) e perigo para ingestão.

Alguns bichos melhoraram a estratégia de 'estado de morto' segundo seus interesses. Assustadoramente, existe uma espécie de cobra que não apenas finge-se de morta, mas exala um líquido em seu corpo, imitando um odor característico de tecidos pútridos. Essa técnica é tão excelente que seus predadores naturais se afastam, pois evitar animais mortos é importante para certas espécies não contraírem doenças infecciosas.

A tantanose pode ser usada também para um macho tentar acasalar com uma fêmea (espécimes de aranhas), como uma forma de camuflagem, ou para um predador atrair potenciais presas para mais perto. É o caso do peixe Haplochromis livingstoni. Um forte concorrente para o 'Oscar da Natureza'. Ele deita-se nos sedimentos no fundo do mar e assumi estado e coloração de um peixe morto, quando uma presa distraída ou curiosa chega perto demais, o H. livingstoni então corrigi seu estado rapidamente e abocanha sua refeição.