24 de fev. de 2013

Vivendo com lobos - A incrível história de Werner Freund


  • Uma história de vida diferente e surpreendente

As pessoas realmente são estranhas. A vida que esse homem leva é surpreendente, não deixe de conhecer sua história.

Werner Freund, 79 anos, tem um dom único. O ex-paraquedista, e agora pesquisador de lobos da Alemanha pode se dar tão bem com os lobos, que é quase como se fosse um membro de sua matilha. 

Na verdade, há 40 longos anos começou a viver entre lobos e criá-los desde filhotes em seu santuário "Wolfspark", localizado em Merzig, na província alemã do Sarre. A estreita relação entre Werner e seus lobos é bastante óbvia pelas fotos dele recostando-se sobre as patas traseiras e uivando, e dos animais selvagens que comem carne diretamente de sua boca.


Os lobos são uma espécie geralmente temida; a chance de entrar em seu território e sair com vida é muito pequena. Mas as coisas são diferentes no caso de Werner. É como se eles tivessem o aceitado como um dos seus. 

Quando Werner está ao redor, seus lobos são realmente brincalhões, dóceis e submissos com ele. Talvez seja porque consegue demonstrar com sucesso o seu domínio como o macho alfa do grupo. O parque é habitado por lobos de seis espécies diferentes ao redor do mundo, incluindo Sibéria, Ártico, Canadá, Europa e Mongólia. Eles vieram em sua maioria adquiridos como filhotes de parques de animais ou zoológicos e criados na mão por Werner.

Pode parecer grosseiro e desnecessário, mas há uma razão para que Werner alimente os lobos com a boca. A rotina de alimentação é única, ele uiva primeiro, chamando o grupo para vir comer a carne que ele comprou. 

A carne crua vem de uma fonte constante de veados abatidos que ele mantém para alimentar os animais. Os lobos famintos animadamente fazem o seu caminho, atendendo aos apelos do líder. Werner garante que mete mesmo seus dentes na carne primeiro, selando a sua posição como o macho dominante -como no mundo animal, onde o macho alfa sempre recebe o primeiro pedaço-. Os lobos famintos esperam obedientemente e só avançam na carne crua uma vez que ele permite que façam.

Esta é a única forma que Werner pode ter certeza que manterá o respeito do grupo. E isso funciona. Quando os lobos não estão se alimentando, eles brincam com ele e com alegria lambem seu rosto como um sinal de subserviência e reconhecimento. Estes gestos, às vezes machucam Warner, já que são grandes animais e uma focinhada violenta pode ferir o tratador. Parece meio assustador, mas é nada mais do que uma saudação áspera. Werner tem várias cicatrizes e às vezes até fica com um olho roxo após esses encontros, mas diz que a intimidade é necessária para se tornar um com a matilha.

- "Se eu não viver como um lobo real, eu nunca seria capaz de me conectar com os lobos", diz ele. Na verdade, ele está constantemente fazendo o papel. - "Percebi logo que os lobos dominantes se comportam arrogantemente com o resto. 

Como um ser humano, não sou arrogante, mas como um lobo eu sou. É a única maneira de manter a minha posição a frente do pelotão". Então fica de quatro, rosna para um lobo ameaçador, desviar o olhar indiferente quando se aproxima um provocador e às vezes até mesmo recorre a mordidas.

O único lobo que Werner tem mais cautela no tratamento é o que está diretamente abaixo dele na hierarquia. As matilhas de lobos constantemente mudam a posição de poder, então é preciso ter cuidado para ter certeza que não vai ser atacado se houver alterações na ordem de classificação. Assim, mesmo quando vai tirar um cochilo do meio-dia com seus companheiros peludos, deve sempre ter o cuidado de perceber sinais leves que possam alertar sobre uma mudança em sua posição. Afinal, aos olhos da matilha ele ainda é um estranho, mas com o lugar exclusivo acima do macho alfa. Mesmo assim, Werner não se mete em disputas internas do grupo.

- "Quando eu entro em seu território cercado, só me dirijo para o lobo alfa ou seu companheiro. Se eu for para os outros, pode ser lido como um ataque. Eu não quero desafiar suas hierarquias. O que eles fazem é problema deles e eu tento não me envolver em suas brigas. Se dois lobos se desentenderem e eu me meter entre eles a coisa pode ficar muito difícil para mim."

Werner criou o santuário de 25 hectares em 1972, e já cuidou de muitos animais desde então. Atualmente, existem cerca de 29 deles no Wolfspark. Há um vídeo que mostra Werner brincando com seus lobos (fim do post) e é bacana ver como os seres humanos e os animais selvagens podem realmente se dar bem. Se você pensava que era só nos filmes que homens se transformam em lobisomem, bem, Werner é o exemplo perfeito que pode acontecer na vida real.

- "Sim, eu sou um animal", diz ele bastante animado. - "Quando não estou com os lobos, é claro que eu sou humano, mas com os lobos, eu sou um lobo."






















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Um comentário:

lucas disse...

historia simplesmente incrivel, imaginom o amor deste cara pelos animais, realmente um exemplo

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