13 de fev. de 2016

Mulher descobre tumor de seis quilos dentro de seu abdômen e precisa retirar 6 órgãos

  • Sandra Currie, uma escocesa de 44 anos, acordou uma manhã e notou um inchaço em sua barriga que lhe dava uma aparência de três meses de gestação.

No entanto, após o diagnóstico dos médicos, ela descobriu possuir uma condição muito incomum, conhecida como Pseudomixoma peritoneal, um câncer raro que afeta 500 mil pessoas por ano e que geralmente começa no apêndice, apresentando um pequeno crescimento conhecido como pólipo. Após 19 horas de cirurgia, ela teve o tumor arrancado de seu corpo, além de seis de seus órgãos.

Os problemas de Sandra começaram quando ela notou que havia ganhado cerca de 20 quilos em dois anos. No entanto, na manhã em que encontrou o tumor em sua barriga, ficou horrorizada. O tumor chegou a pesar pouco mais de seis quilos e colocava tanta pressão sobre os pulmões da escocesa que ela lutava para respirar.

O Pseudomixoma peritoneal (PMP), segundo a PMP Research Foundation, é o mesmo tipo de câncer que matou a estrela de cinema Audrey Hepburn em 1993, e tipicamente começa no apêndice. As células cancerosas produzem um muco, uma espécie de fluido gelatinoso, que em seguida, invade o abdômen causando a formação dos tumores. Em casos mais raros, é primeiro detectado em outras partes do intestino, ovário ou bexiga.


O pólipo se espalha através da parede do órgão em que foi originado. Há uma série de possíveis origens para o PMP, mas a fonte mais comum é o câncer de apêndice. Os sintomas incluem aumento da circunferência abdominal, dor e desconforto nessa região, semelhante aos sintomas das hérnias.

Durante a operação delicada, que levou 19 horas para ser realizada e aconteceu em julho de 2014, os médicos removeram o tumor, juntamente com a vesícula biliar, baço, omento (tecido gordurosos que isola os órgãos abdominais), apêndice, parte do diafragma, ovários e útero. Além disso, Sandra ainda precisou de um tratamento conhecido como “banho quimioterápico”, lavagem da cavidade abdominal com líquidos quimioterápicos aquecidos para matar as células cancerosas remanescentes.

“Quando eu acordei após a cirurgia foi a pior coisa que eu já senti na minha vida”, disse ela em entrevista ao Daily Mail. “Foi horrível. Havia tubos em todos os lugares e tinha 60 grampos no meu estômago”, completou.

A recuperação de Currie foi longa, mas agora ela está livre do câncer. Obviamente, sua preocupação faz com que ela procure regularmente os médicos para a realização de exames. Após descobrir que o “banho de quimioterápico” consegue curar mais de 50% de certos tipos de câncer, mas que só é usado na Inglaterra, ela criou uma campanha para obter a mesma facilidade para a Escócia.





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