Em 2009, Sofie Amalie Klougart viajou para Mombaça, no Quênia, com a ONG ActionAid. Seu dia de trabalho era documentar inúmeros esforços da organização sem fins lucrativos para aliviar a pobreza no país.
Fascinada pelo Quênia, Sofie passou suas noites e fins de semana viajando pelo país em busca de histórias. Ao visitar inúmeras belas praias do país, ele descobriu muitas mulheres idosas da Europa que viviam fazendo orgias com jovens quenianos.
Quando Sofie perguntou para uma dessas mulheres, descobriu que estava testemunhando o que muitos chamam de "turismo de romance", que nada mais é que um eufemismo do turismo sexual para mulheres solitárias que viajam para países pobres em busca de companhia e amantes que voluntariamente aceitam a condição, em troca de presentes, refeições gratuitas, e, lógico, dinheiro.
Sofie começou a documentar os as muitas mulheres que conheceu nas praias do Quênia, que a apresentaram a esse mundo, às vezes perturbador e às vezes de apoderamento, de mulheres que saem a procura exatamente do que elas querem e nada mais.
Abaixo compartilhamos uma série de fotos de Sofie Amalie Klougart, mas você pode ver o resto em seu site.
Sofie se deparou com o "turismo do romance", quando estava caminhando ao longo das praias de Mombaça, no Quênia. Lá, ela viu senhoras caucasianas solteiras constantemente cercadas por jovens quenianos.
A grande maioria delas não aceitou ser fotografada, obviamente.
Os hotéis em Mombaça estavam cheios de viajantes europeus, tanto homens quanto mulheres, que viajam sozinhos.
Todo mundo nos hotéis, desde os recepcionistas, estão cientes das relações entre os turistas e os locais, de acordo com Sofie.
Sofie conheceu Louise na praia. Ela disse que estava escrevendo uma história sobre o "amor". Louise riu e disse: - "Amor! Enlouqueceu! Isso não existe aqui!" Louise tinha um relacionamento com dois homens quenianos diferentes e apresentou Sofie para muitas das mulheres na área.
Louise começou a viver no Quênia em 1997, quando foi trabalhar como guia turístico. Como guia, ela conta que viu milhares de turistas tendo romances com os moradores e jurou que nunca iria se tornar uma delas.
Não muito tempo depois, no entanto, Louise começou a namorar um queniano e teve um filho. Os três se mudaram para a França, mas Louise dispensou o companheiro depois que descobriu que ele estava a traindo. Ela voltou para o Quênia para que seu filho Joshua pudesse se conectar com suas raízes.
Na maioria das vezes, as mulheres começam a namorar os quenianos, porque eles são solitários. Esses homens vivem em uma terrível pobreza. Dessa forma, podem garantir uma cama confortável em um hotel, boas refeições e presentes das mulheres que eles guardam ou vendem para comprar coisas que precisam.
A maioria das mulheres são da Alemanha, Suíça, Europa Oriental e Turquia. Elas são em geral mais velhas, ricas e quase sempre obesas.
Em muitos casos, o dinheiro é tratado de forma discreta para que as mulheres possam preservar a fantasia do romance. Outras vezes, é muito mais explícito, com mulheres que pagam homens diretamente para apenas fazer sexo.
Uma alemã, apresentada a Sofie, voa até Mombaça duas vezes por ano, ficando três semanas de cada vez. Ela visita o mesmo homem cada vez que ela vai.
Quando ela chega, dá o dinheiro suficiente para ele pagar por tudo, enquanto ela está lá. Muitas das mulheres odeiam a idéia de parecerem "sugar momma" (uma expressão para designar velhotas ricas e generosas que dão presentes caros para um namorado jovem). Quando saem, elas costumas dar o dinheiro ao amante para que ele pague a conta.
Em muitos casos, a maioria, os homens estão tentando garantir uma forma de sair do Quênia para a Europa através de suas amantes.
Isso pode levar a elaboração de relações que borram a linha entre a realidade e a fantasia. Algumas mulheres acreditam mesmo que estão sendo amadas.
Quando estas mulheres descobrem as segundas intenções dos parceiros, ficam magoadas, confusas e iradas ao perceber que estavam apenas sendo usadas.
Na maioria das vezes, no entanto, as mulheres têm consciência de que ambos estão usando um ao outro. Ela pelo companheirismo e ele pela segurança econômica.
Por exemplo, uma das mulheres que Sofie conheceu, trabalha na indústria hoteleira na Europa e viaja para o Quênia todos os anos para escapar de sua vida. Seu marido morreu de câncer há 20 anos e ela não quer um novo pai para seus filhos, apenas alguma companhia quando precisa.
Sofie aprendeu que a prática não se limita ao Quênia. É comum em muitos outros pontos de férias, especialmente no Caribe, onde existe a figura instituída do prostituto de praia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário