17 de dez. de 2011

Punks na Indonésia tem cabelos cortados e vestuário modificado pela polícia

  • Polícia obrigam punks a mudar seu estilo de vida dando até banhos espirituais


Depois o povo reclama do Brasil, por isso que amo meu país, porque o que tem de gente insana por esse planeta não é brincadeira. Saca só essa história. O movimento Punk não morreu. Pelo menos não na Indonésia, mas pelo que mostram as imagens deste post, tem vida curta. 

Acontece que a polícia invadiu um show de punk-rock e deteve 65 fãs na província mais conservadora do país, em Aceh. Os punks são considerados uma ameaça aos valores islâmicos e por isso a polícia local raspou as cabeças dos jovens, retirou seus piercings, colares e correntes e obrigou todo mundo a tomar um banho como forma de limpeza espiritual. Aleluia!


O chefe da polícia local Iskandar Hasan, disse na quarta-feira que depois de substituir a sua "repugnante" roupa, ele entregou a cada um dos jovens uma escova de dentes e intimou-os a usá-la.




A repressão marcou o mais recente esforço por parte das autoridades para promover os valores morais rigorosos em Aceh, onde o adultério é punível com apedrejamento até a morte, homossexuais foram jogados na cadeia ou chicoteados em público com bastões de nylon, as mulheres são obrigadas a usar lenços na cabeça e pedir "por favor" para falarem com os homens e não podem usar roupas apertadas.

Hasan disse que os 59 rapazes e seis moças foram levados em vans a uma delegacia de polícia central a 30 quilômetros da capital provincial, Banda Aceh. Ali eles deveriam passar 10 dias por um programa de reabilitação que inclui um treinamento em estilo militar, aulas de disciplina e de religião, incluindo a recitação do Alcorão. Depois, eles serão enviados para casa.

Um jovem de 20 anos chamado Fauzan, ficou profundamente abalado:




- "Por quê? Por quê eu? Por que o meu cabelo?" dizia ele, apontando para sua careca. - "Nós não ofendemos ninguém. É assim que escolhemos para nos expressar. Por que eles estão nos tratando como criminosos?"

- "Não estamos torturando ninguém", disse o chefe de polícia. - "Nós não estamos violando os direitos humanos. Estamos apenas tentando colocá-los de volta no caminho certo da moral".

Alguns governos locais em outras partes do país -que está vivendo um grande boom de crescimento econômico e de modernização desde a queda do ditador Suharto- também tentam proibir o comportamento "imoral", como tomar bebida alcoólica, jogo e beijar em público.













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