16 de jan. de 2012

Casal é preso por casarem, ela negra e ele branco

  • Uma história de amor em preto & branco que mostra o quanto podemos ser preconceituosos

Uma história bela sobre o amor e a liberdade de querer vivê-lo, sobre o preconceito e atitudes irracionais.

Em junho de 1963, Mildred Loving, uma moça de 22 anos de idade, e seu marido Richard Loving, um pedreiro de 27, sentaram-se a mesa de uma humilde casa com folhas soltas alinhadas e escreveram uma carta para a filial de Washington da Associação Americana de Direitos Civis (ACLU) onde relatavam a história de seu amor único pelo qual passaram agruras inimagináveis; a carta começava assim:

"Meu marido é branco. Eu sou parte negra, metade índia. Cinco anos atrás nos casamos, somos pessoas simples e não sabíamos que havia uma lei na Virgínia contra casamentos mistos. Tão logo retornamos para nossa casa, alegres pela celebração, fomos presos, julgados e expulsos do estado.


Sabemos que não podemos viver lá, mas nós gostaríamos de voltar pelo menos mais uma vez para visitar as nossas famílias e amigos, mas temos medo. Um juiz disse a Richard que se colocássemos de novo o pé naquele estado, juntos, seríamos novamente presos e desta vez jogariam a chave fora..."




A carta dos Loving não mencionava os detalhes da prisão: em uma noite de junho, de calor infernal, três policiais invadiram o quarto onde Mildred e Richard dormiam acordando-lhes com o brilho ofuscante de uma lanterna. Ela também não reclama da humilhação de passar mais de uma semana numa prisão infestada de ratos, seu marido ficou em uma cela melhor, era branco, e passou apenas uma noite atrás das grades.

Dois jovens advogados de direitos civis assumiram o caso, e em 1967 veio a decisão do Supremo Tribunal, escrita pelo Juiz Earl Warren que declarava que ...a liberdade do casamento há muito tinha sido reconhecida como um dos direitos vitais e pessoais essenciais para o exercício regular da felicidade dos homens livres", Warren argumentou que o estatuto da Virginia violava a 14ª Emenda, invalidou a lei segregacionista e deu ganho de causa aos Loving, que comemoraram com um beijo, longo e apaixonado.

Nos anos seguintes a sentença, os Loving recusaram inúmeros pedidos para entrevistas, aparições públicas e honras. Mildred Loving não tinha outras filiações além de sua igreja e sua família e nunca se considerara uma heroína, apesar de assim ser reconhecida.




Ela resolutamente viveu uma vida privada normal com seus prazeres comuns -um casamento feliz, três filhos, uma casa perto da família- e suas tragédias, infelizmente, comuns. Um dia, quando tinha 35, Mildred e Richard voltavam para casa pela rodovia estadual quando outro carro bateu no deles. 

Richard morreu instantaneamente. Mildred, que perdeu seu olho esquerdo no acidente, nunca se casou novamente ou sequer considerou. Dizia que seu amor era único. Ela passou a segunda metade de sua vida freqüentando a igreja, cozinhando para filhos e netos, fumando um cigarro vagabundo sem filtro, bebendo copo após copo de café instantâneo com os vizinhos e olhando pela porta de sua varanda a visão pacífica dos campos.

MAIS UMA HISTÓRIA QUE PROVA O QUANTO PODEMOS SER SERES IRRACIONAIS.












. . .

7 comentários:

::::FER:::: disse...

Nossa to pasmo! Não sei oq ue dizer diante disso, apenas afirmar que não está muito diferente nos dias atuais. E no Brasil ainda infelizmente o preconceito machuca e mata. \sou do sudeste (MG), e casei-me com uma nordestina, nosso primeiro ano de casados ela sofreu muito preconceito pelo sotaque e ainda hoje não conseguiu trabalho, ela cursa faculdade de nutrição, bolsa integral ganha pelo próuni, e mesmo demonstrando conhecimento e estudo, sua cultura não é bem aceita por aqui. mas eu a amo e sei que superaremos juntos assim como os Loving.

Anônimo disse...

isso ae historia inspiradora

Unknown disse...

Linda a história e como no comentário do Fer, ainda hoje existe preconceito, disfarçado, mas existe...

Anônimo disse...

daria um otimo filme

Anônimo disse...

essa historia é bem comovente, difícil de imaginar que acontecera,mas,nao podemos ir muito longe o comentário do colega "FER" é a mais pura realidade e com muita luta,paciência as barreiras iram quebrar-se um dia...

Anônimo disse...

,Moro em Salvador aqui por ser um estado com maioria negra o racismo é menor mas não deixa de existir.Sou negra e meu namorado é branco,aliais a minha família e toda miscigenada.Meu avô era branco,olhos azuis e minha avó negra,ai vieram os filhos: brancos,negros e morenos.Uma família multi racial(FAMÍLIA BRASIL)

Rennynha Lima RJ disse...

E virou um filme mesmo!

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