3 de mai. de 2013

Milionário russo promete a imortalidade através da consciência holográfica para 2045


Como saído de um filme de ficção científica, o milionário russo Dmitry Itskov busca a imortalidade através da união da consciência humana com as máquinas, projeto que vem financiando ao menos desde 2011 com 2045 Initiative. 

A meta final do projeto seria poder transferir a mente de uma pessoa de um cérebro vivo para uma máquina, conservando a personalidade e a memória intactas, como se tratasse de uma transferência via nuvem.

Segundo seus promotores entusiastas, se a mente se livrar de sua forma física, a pessoa poderia existir em uma rede similar à Internet e ser capaz de viajar à velocidade da luz por todo o planeta, e inclusive para o espaço exterior. Mas não se trata somente da excentricidade de um velho milionário com medo da morte: Itskov tem um plano muito concreto e uma linha de tempo a seguir para os próximos anos.


A primeira meta de 2045 Initiative é Avatar A, a etapa onde uma pessoa pode controlar uma réplica humana robô através de uma interface orgânica (brain-machine interface ou BMI, por suas siglas em inglês). Dita tecnologia já existe, motivo pelo qual seu desenvolvimento e aperfeiçoamento deverá ser completada aproximadamente no ano 2025, quando entrarão na etapa Avatar B. Aqui é onde as coisas começam a ficar realmente interessantes, pois implica transplantar um cérebro humano em um corpo artificial "ao final da vida da pessoa".

O como será possível fazer isto ainda fica em suspenso, mas para o momento em que chegue a terceira etapa em 2035, Avatar C, a memória e personalidade da pessoa deveria ficar intacta no mecanismo robótico, produzindo o almejado cyborg. Para chegar a este ponto, afirmam, será necessário criar um modelo computadorizado da consciência humana.

A última etapa, Avatar D, projetada para o ano 2045, é a mais ambiciosa de todas, pois esperam que neste ponto a interface física seja irrelevante, pelo que as personalidades humanas salvas da morte e da carne poderiam se manifestar em forma de hologramas e "viver" em forma de informação em um espaço similar à Internet de hoje.

Provavelmente Itskov andou lendo muitas novelas de Isaac Asimov ou A possibilidade de uma ilha  de Michel Houellebecq, no entanto, devemos recordar que o que no passado soava como uma tolice, como viagens em avião, satélites artificiais, inclusive transplantes de órgãos ou a própria Internet, hoje são parte de nossa vida cotidiana. Quem sabe, talvez o próximo passo da evolução do homem sobre o planeta seja à superação da forma física.





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