- Tempestade espacial será catastrófica para a Terra até 2012
Um novo estudo mostrou que uma grande tempestade solar poderá trazer consequências assustadoras para a humanidade.
Danos à rede de força e sistemas de comunicação poderão ser catastróficos, os cientistas concluíram, com efeitos que podem levar ao descontrole governamental da situação.
As previsões são baseadas em uma grande tempestade solar de 1859 que fez com que os fios dos telégrafos entrassem em curto nos EUA e Europa, levando a grandes incêndios. Possivelmente foi a pior em 200 anos, de acordo com um novo estudo. Com o advento das redes de energia, comunicação e satélites atuais temos muito mais em risco.
As previsões são baseadas em uma grande tempestade solar de 1859 que fez com que os fios dos telégrafos entrassem em curto nos EUA e Europa, levando a grandes incêndios. Possivelmente foi a pior em 200 anos, de acordo com um novo estudo. Com o advento das redes de energia, comunicação e satélites atuais temos muito mais em risco.
"Uma repetição contemporânea do evento [de 1859] causaria distúrbios sócio-econômicos significativamente mais extensos", concluíram os pesquisadores.
A cada 11 anos, quando o sol entra na sua fase mais ativa, ele pode enviar tempestades magnéticas poderosas que desligam satélites, ameaçam a segurança dos astronautas e até interrompem sistemas de comunicação na Terra. As piores tempestades atuais derrubam redes de energia ao induzir correntes que derretem os transformadores.
Apenas nos EUA uma grande tempestade solar - que costuma ocorrer uma vez a cada 100 anos - pode deixar 130 milhões de pessoas sem eletricidade, de acordo com o estudo. Outros sistemas vitais seriam afetados por estas faltas de energia elétrica.
O mundo vai acabar em 2012?
Os impactos da falta de eletricidade, por exemplo, acabariam com a distribuição de água potável em questão de horas, alimentos e medicamentos perecíveis seriam perdidos entre 12 e 24h; serviços de esgoto, telefones, transportes, abastecimento de combustíveis seriam interrompidos, etc.
A energia poderia levar meses para ser restabelecida, segundo a pesquisa. Durante este período os bancos poderiam estar fechados e o comércio internacional seria suspenso.
"Sistemas de emergência seriam levados ao limite e o controle e comando poderiam ser perdidos", escreveram os pesquisadores da Universidade do Colorado, nos EUA.
"Sejam catástrofes terrestres ou incidentes do clima espacial, os resultados podem ser devastadores para as sociedades modernas que dependem, de uma miríade de modos, em sistemas tecnologicamente avançados", os cientistas afirmaram em uma declaração divulgada junto com o relatório.
Tempestades solares têm efeitos significativos nos dias modernos. Em 1989 o sol emitiu uma tempestade que derrubou a rede elétrica de toda Quebec, no Canadá. Em 2003, em um período de duas semanas, dois satélites foram desabilitados e instrumentos em uma sonda que orbita Marte foram danificados por tempestades solares.
O clima espacial pode produzir tempestades eletromagnéticas solares que induzem correntes extremas em fios interrompendo linhas de força, causando apagões generalizados e afetando cabos de comunicação da internet. Clima espacial severo produz partículas solares energéticas e desloca os cinturões de radiação da Terra, o que danifica satélites usados para comunicações comerciais, GPS e previsão do tempo.
O próximo pico da atividade solar é esperado em 2012. Atualmente o sol está 'tranquilo', mas a atividade pode aumentar em qualquer momento e clima espacial severo (o quão severo será ninguém sabe) irá emergir um ou dois anos antes do pico.
Alguns cientistas pensam que o próximo pico levará a eventos mais severos do que outros picos recentes.
"Uma falha catastrófica da infra-estrutura governamental e comercial, no espaço e no chão, podem ser mitigadas ao aumentar a consciência pública, melhorando a infra-estrutura vulnerável e desenvolvendo capacidades avançadas de previsão do clima [solar]", o relatório afirma.
O relatório foi delegado e financiado pela NASA. Especialistas em indústria e governo, assim como acadêmicos, de todo o mundo, participaram.
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